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Julgamento decide quem leva herança de R$ 22 milhões

Lista de bens inclui casa, avião, barco, carros e motos, que serão partilhados entre as famílias Rugai e Troitino

Acusação diz que está 'convencida' da culpa de Gil; defesa pretende criticar investigação e mostrar provas no júri

DE SÃO PAULO

O resultado do julgamento que começa amanhã será decisivo para a partilha da herança do casal Luiz Carlos Rugai e Alessandra Troitino, estimada em R$ 22 milhões em valores atualizados.

Além da casa de aproximadamente 1.000 m², onde aconteceu o crime, na rua Atibaia, em Perdizes (zona oeste), a lista de bens tem um avião pequeno, um barco, três carros -incluindo um Mercedes-Benz 1996 e um modelo raro, um Dodge Fargo 1947- e três motos -sendo uma Harley-Davidson 2001.

Eles fazem parte de um levantamento preliminar feito pelos advogados de acusação em 2005. Luiz Carlos e Alessandra também tinham dinheiro aplicado em bancos.

De acordo com a acusação, se for inocentado, Gil Rugai dividirá com o irmão mais novo, Léo, o equivalente a 50% dos bens. A outra metade irá para a família de Alessandra.

Mas, caso seja condenado, Gil perde todos os direitos. A fortuna, então, seria partilhada igualmente entre Léo e os parentes de Alessandra.

Repousando as mãos sobre um processo que reuniu 28 volumes e 8.000 páginas -em média, um processo acumula um volume e meio aproximadamente-, o promotor Rogério Zagallo se diz "absolutamente convencido" de que Gil foi o autor do crime.

"Às vezes, a investigação policial gira em um sentido, o Ministério Público em outro e a magistratura em outro ainda. Mas não é o caso aqui. Há uma somatória de circunstâncias invencíveis -antes, durante e depois do crime", afirma Zagallo, 43.

Ele diz que foi bem-sucedido em 90% dos cerca de 1,2 mil processos em que atuou em 21 anos de experiência.

A defesa é representada pelos advogados Marcelo Feller, 26, e Thiago Anastácio, 32. Eles dizem ter encontrado inúmeras incoerências na investigação policial e reunido provas suficientes que inocentam Gil.

"A coisa completa fede, e isso vai ficar comprovado no julgamento", diz Feller, sócio do escritório de Alberto Toron, um dos principais criminalistas do país. "Os jurados dirão se o trabalho apresentado é adequado para condenar o Gil ou não", acrescenta.

Para o jurista e professor Luiz Flávio Gomes, "Gil já entra no julgamento condenado porque a população não perdoa esse tipo de crime". Mas ele, segundo Gomes, terá mais espaço para dar sua versão. "Ele não é o protótipo do pobre marginalizado. Isso favorece o réu." (JOELMIR TAVARES E MORRIS KACHANI)


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