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Fim do horário de verão traz alívio para madrugadores
Relógios devem ser atrasados em uma hora em grande parte do país
Agência recomenda que passageiros confirmem nas empresas aéreas o horário de voos marcados para hoje
Para os brasileiros das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e de Tocantins, este domingo vai parecer um pouco mais longo do que os anteriores.
Com o fim do horário de verão, na noite de ontem, os relógios devem ser atrasados em uma hora -um alívio principalmente para quem costuma acordar cedo e precisou se adaptar às manhãs escuras dos últimos meses. A consultora empresarial Daniela Antonieli, 40, é uma das pessoas que sofrem com o horário especial -implantado pela primeira vez no país em 1931 e usado para reduzir a demanda de energia elétrica nos períodos de pico.
"Falam que é para economizar, mas tinha que ser significativa a diferença, porque muda a rotina das pessoas. A gente demora a pegar o ritmo e acaba se atrapalhando."
Ela conta que tem muita dificuldade de acordar a filha para ir à escola. "Ela não entende e fala 'mãe, ainda tá de noite'. Eu respondo que não posso fazer nada, que a gente mora nesse país e tem que suportar", diz.
A personal trainer Fernanda Borges, 29, concorda que acordar cedo é a parte mais difícil, mas diz gostar da medida pela sensação de que aproveita mais o dia.
"Eu ando muito na rua. Como o dia está claro até mais tarde, eu me sinto mais segura", afirma. Ela diz que não tem dificuldade para se adaptar às alterações de horário -tanto a iniciada em outubro quanto a de hoje.
Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), a economia no horário de verão representou queda de 0,5% sobre a carga total de energia consumida. Em São Paulo, a redução na demanda no pico foi de 4,5%. Com a mudança nos relógios, a Anac (agência de aviação) recomenda que passageiros consultem a companhia aérea para confirmar o horário de voos hoje.