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Após 41 anos, Andraus falha em segurança contra fogo

Já no edifício Joelma, a legislação é respeitada

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Famosos pelos grandes incêndios que comoveram o país na década de 1970, os edifícios Andraus e Joelma, no centro de São Paulo, vivem hoje situações opostas.

No Andraus, há falhas na sinalização e nas portas que evitam a propagação do fogo. Já o Joelma tem equipamentos em ordem e até pisto tátil para cegos.

A pedido da Folha, o especialista em prevenção de incêndios Sérgio Ceccarelli percorreu os prédios para verificar o cumprimento das normas de segurança. Regras que, em sua maioria, foram criadas após a repercussão causada justamente pelos dois incêndios.

No Andraus, onde funciona parte da Secretaria Municipal de Finanças, os hidrantes, extintores e saídas dos 32 andares não têm as placas de indicação, que são padronizadas e obrigatórias.

"Na hora do pânico, a pessoa não sabe diferenciar a porta do elevador da porta da escada. Quem vem todo dia até sabe, mas aqui há atendimento ao público, a rotatividade é muito grande", diz.

Mas, para o consultor, o mais grave foi encontrar portas corta-fogo abertas.

"No incêndio do Grande Avenida [em 1981, na av. Paulista] muita gente morreu na escada, pois havia portas abertas que deixaram a fumaça tóxica entrar", lembra Ceccarelli, que trabalha há mais de 20 anos com segurança.

Ele observou que existe um dispositivo de fechamento automático, mas ele só age quando as portas estão encostadas -caso só de algumas.

"Fiquei decepcionado, até pelo histórico do edifício. Poderia estar melhor."

No Joelma, hoje rebatizado de edifício Praça da Bandeira, há sinalização indicando hidrantes, extintores e rotas de fuga nos 15 andares de escritórios -há outros dez apenas com garagens.

A segurança vai até além das normas, como as duas entradas e o pisto tátil, para cegos, na escada de emergência, que foi construída após o incêndio. Nos extintores, além do mostrador de validade, ficam afixados relatórios de manutenção.


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