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Julgamento de Gil Rugai começa hoje em SP

Acusação diz ter provas que incriminam o ex-seminarista pela morte do pai e da madrasta

JOELMIR TAVARES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Está previsto para começar hoje no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o julgamento de Gil Rugai, principal suspeito da morte de seu pai, o empresário Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, 33.

O crime ocorreu em 28 de março de 2004, na casa onde morava a família, em Perdizes, zona oeste.

A expectativa da acusação é que o júri condene o ex-seminarista a uma pena de 30 anos de prisão.

O advogado da família de Alessandra, Ubirajara Mangini, teme que a defesa faça uma manobra para adiar o júri mais uma vez --advogados de Gil fizeram isso duas vezes, em dezembro de 2011 e março do ano passado.

Os atuais defensores, no entanto, afirmam que vão colaborar para que o julgamento ocorra na data prevista.

Mangini diz ter provas técnicas que colocam Gil Rugai "no local do crime".

Entre os documentos, estariam laudos mostrando que a marca de pé na porta era do jovem e objetos achados no quarto dele, como um estojo compatível com o formato da arma encontrada depois no prédio do escritório de Gil.

"Tenho certeza absoluta da culpa dele e estou seguro sobre a condenação", diz o advogado da família.

Para Mangini, o álibi preparado pela defesa mais confirma a culpa de Gil do que o inocenta. "Ele premeditou tudo para aparentar que teve um dia normal, mas fazendo coisas que não eram da rotina dele."

Gil era "indiferente" a Alessandra, de acordo com o advogado. "Ele não a maltratava nem brigava com ela, mas a ignorava."

Durante o julgamento, a acusação pretende reafirmar que Gil Rugai teve a ajuda de alguém para cometer o crime, mas não deve apontar suspeitos.

A tese é a de que seria difícil para o ex-seminarista cometer o crime e fugir da casa rápido sem o auxílio de uma segunda pessoa.

A acusação descarta que a motivação do crime possa ter sido o interesse dele na herança do casal, estimada em R$ 22 milhões em valores atualizados. "Ele matou os dois porque o pai descobriu um desvio de dinheiro da empresa", diz Mangini.

CONTAS TELEFÔNICAS

A defesa de Gil Rugai, representada pelos advogados Marcelo Feller, 26, e Thiago Anastácio, 32, diz ter provas suficientes para inocentá-lo.

Uma delas é a conta de telefone de um vizinho, que teria telefonado, entre 21h54 e 22h13, para o vigia da rua relatando barulhos de tiros.

Os advogados vão apresentar cópias de outras contas que provariam que, neste horário, Rugai fez ligações de dentro de seu escritório.

Para a Ministério Público, esses documentos da defesa são "papeluchos".


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