Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

José Roberto Lapolla Júnior (1954-2013)

Um professor de física que chamava a atenção

ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO

Uma pequena distração em aula e José Roberto Lapolla Jr. logo mandava um de seus bordões: "Olha aqui comigo, gente". Ao ensinar física, vivia exigindo concentração.

"Posso explicar mil vezes se o aluno não entender. Agora, se eu perceber que o aluno está brincando, não é comigo que vai aprender", dizia.

Paulistano, filho único de um contador que trabalhou no Banco do Brasil e de uma professora primária, José Roberto formou-se em três cursos: física, história e pedagogia.

Escolheu o primeiro para ensinar. Começou dando aulas num cursinho do Anglo até ser chamado para trabalhar no colégio Bandeirantes, onde entrou em 1980 -e só saiu em meados dos anos 90.

Cativante, impunha-se sem precisar levantar a voz. Celular em sala, nem pensar. Também não permitia que um aluno atirasse uma caneta para outro. Tinha que entregar em mãos.

Como conta a mulher, Andrea, que ele conheceu na igreja e com quem se casou em 2001, o marido incentivava muito o estudante a acreditar no próprio potencial, principalmente ao lecionar em cursinhos para alunos carentes.

Após sair do Bandeirantes, deu aulas no Santo Américo por mais de dez anos. Nos últimos seis anos, foi professor do Visconde de Porto Seguro.

Adorava cães e teve uma pastora-alemã premiada. Depois, ganhou uma vira-lata e gostou tanto dela que nunca mais quis ter cachorro de raça.

No mês passado, em férias em João Pessoa, caiu da bicicleta e machucou a perna. Recuperava-se, mas teve uma embolia pulmonar. Morreu na quinta, aos 58. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na igreja São Gabriel (São Paulo).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página