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Rio retira à força das ruas 30 viciados em crack

Internação involuntária de usuários inaugura nova fase de combate à droga

Operação provocou corre-corre e gritaria; usuários tentaram impedir as internações fazendo barricadas

DIANA BRITO JULIANA DAL PIVA DO RIO

Na madrugada de ontem, 30 usuários de crack foram internados à força após serem acolhidos por agentes da Prefeitura do Rio na entrada da comunidade Nova Holanda, Complexo da Maré, maior conjunto de favelas do Estado.

No total, 99 usuários foram abordados por funcionários da prefeitura. Eles foram enviados para quatro hospitais.

A operação faz parte da nova fase do combate à droga no Estado, com a internação involuntária de usuários adultos. Após avaliação médica, e dependendo da gravidade do caso, o usuário é encaminhado para os hospitais credenciados no município ou no Estado, sem necessidade de autorização judicial.

"Eles passam por um critério técnico médico. São pacientes com pneumonia, distúrbios cardiovasculares, arritmias cardíacas e agitação psicomotora grave. Tudo isso define uma internação", explicou o subsecretário municipal de Atenção Hospitalar, Urgência e Emergência, João Luiz Ferreira Costa.

Em São Paulo, o governo iniciou em 21 de janeiro um plantão com juiz, promotor e advogados no Cratod (Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas), na região central, para a internação de usuários. Em média, a unidade tem feito 85 atendimentos por dia útil de funcionamento, mas não houve internação compulsória (decidida pela Justiça) até agora.

Na operação no Rio, houve corre-corre, gritaria e até barricadas com objetos incendiados foram montadas pelos usuários para impedir o trabalho dos agentes.

Entre os acolhidos involuntariamente, está uma mulher com insuficiência respiratória e diagnosticada com HIV e tuberculose e um homem, também com tuberculose.

Outros 30 foram internados voluntariamente e 39, entre eles oito crianças e adolescentes, encaminhados a abrigos da cidade.

O Rio tem 40 leitos para os usuários internados involuntariamente. Os dependentes passaram por uma série de exames, incluindo raio-X e sangue. Os médicos acreditam que essa internação deve durar, em média, até dez dias. Em seguida, eles devem continuar o tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial ou clínicas terapêuticas.


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