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Um quinto das vítimas bebe antes de dirigir

Estudo do Ministério da Saúde aponta que 22% dos motoristas atendidos em pronto-socorro ingeriram álcool

Trabalho avalia 47,5 mil vítimas de violência e acidentes de trânsito; fator bebida é mais marcante entre homens

DE BRASÍLIA

Um em cada cinco motoristas envolvidos em acidentes de trânsito e atendidos na rede pública de saúde informou ter bebido nas horas que antecederam a ocorrência.

É o que revela um estudo inédito do Ministério da Saúde que aferiu a relação de ingestão de bebida alcoólica e acidentes de trânsito. O trabalho também apontou que 49% de vítimas de agressão tinham ingerido álcool.

O estudo avaliou 47,5 mil vítimas de violência e acidentes atendidas em 71 prontos-socorros públicos nas 27 capitais, em setembro de 2011.

O consumo de álcool foi verificado mesmo entre pedestres e passageiros -sempre entre vítimas com 18 anos ou mais. Enquanto 22,3% dos condutores disseram ter bebido ou mostraram sinais de embriaguez, essa mesma informação foi registrada para 21,4% dos pedestres e 17,7% dos passageiros atendidos.

Acidentes de transporte responderam por um a cada quatro atendimentos acompanhados no estudo. E, em mais da metade, as vítimas tinham entre 20 e 39 anos.

Em cerca de 70% dos casos estudados, as vítimas tiveram alta, pois os ferimentos não eram graves. Apenas com internações por acidentes de trânsito, porém, o ministério estima ter gasto R$ 200 milhões no ano de 2011.

Segundo o ministro Alexandre Padilha (Saúde), dados ainda preliminares apontam para uma redução, em 2012, das internações por acidentes de trânsito proporcionalmente ao crescimento da frota de veículos no país.

"Os Estados que apertaram a blitz em função da lei seca conseguiram a redução de internações e óbitos decorrentes de acidentes no trânsito."

AGRESSÕES

O levantamento -chamado Viva (Vigilância de Violências e Acidentes)- identificou vinculação ainda mais forte do álcool com as vítimas de agressão. De forma geral, 49% delas tinham bebido.

Também foi alta a relação do álcool a vítimas atendidas por lesões autoprovocadas -o que exclui queda, mas inclui outros acidentes provocados pela pessoa e suicídios. Nesse caso, 36,5% das vítimas estão relacionadas a álcool.

O fator bebida foi mais marcante entre homens. Enquanto 54% dos homens atendidos após um episódio de violência tinham bebido, o percentual é de 31,5% entre as vítimas mulheres -as vítimas de acidentes no trânsito têm esse mesmo perfil.

Presente na divulgação do estudo, o ministro interino do Ministério das Cidades, Alexandre Cordeiro Macedo, disse que a pasta estuda medidas contra aplicativos que ajudam o motorista a fugir das blitze policiais.

"Há uma discussão no ministério e no Denatran para combater essa forma de burlar a fiscalização da lei seca", diz Macedo.


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