Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Morte de pacientes de UTI não tem razão financeira, diz investigação

Polícia afirma que médica suspeita de homicídio queria liberar leitos do SUS; prefeitura refuta essa hipótese

Ontem, suposta paciente relatou à Rede Globo que ouviu acusada pedir para que desligassem aparelhos

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

Investigação conduzida pela Prefeitura de Curitiba não apontou evidências de que tenha havido vantagem financeira com a morte de pacientes no hospital em que trabalha a médica Virgínia Helena Soares Souza, 56, presa nesta semana sob suspeita de homicídio qualificado.

A investigação, que ocorre paralelamente à da Polícia Civil, tem o apoio de um auditor do Ministério da Saúde.

A polícia apura se a médica provocou a morte de pacientes na UTI geral do Hospital Universitário Evangélico. Ela nega as acusações.

Segundo a polícia, há indícios de que pacientes do SUS tenham sido mortos para "liberar" vagas para outros que pagariam pelo serviço.

O hospital tem uma dívida de cerca de R$ 260 milhões.

Para a comissão que investiga o caso, porém, essa suspeita não se sustenta.

"A gente acredita que é uma coisa isolada, de uma das UTIs e especificamente de uma pessoa. Não é ordem superior, não é política do hospital", afirma o auditor Mário Lobato da Costa.

Ele justifica que os convênios pagam quase a mesma diária que o SUS e são muito rigorosos ao avaliar despesas.

BILHETE

Bilhete divulgado ontem pelo site G1 mostra suposto pedido de uma paciente para que fosse retirada do hospital.

Ao "Jornal Nacional", a mulher disse que ficou internada em dezembro de 2012 e ouviu a médica mandando que desligassem seus aparelhos. "Se eu não conseguisse [sobreviver], eu não tinha chance. Só que daí uma enfermeira viu que eu estava 'agoniando' e ligou de novo."

Médica há 30 anos, Virgínia chefiava o setor desde 2006. "Ela mandava e desmandava naquele lugar", afirmou à Folha um colega.

A defesa, que afirma não haver provas contra Virgínia, diz que pedirá a liberdade dela.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página