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Gil se cala, e mãe diz que não havia prova

'Ele entrou aqui condenado por 7 a 0 e terminou condenado por 4 a 3', diz defensor

DE SÃO PAULO

Gil Rugai deixou o plenário do fórum sem falar com jornalistas, mesma atitude adotada pela mãe, Maristela Grego -a familiares e amigos que a abraçavam, ela dizia que não existiam provas para a condenação do filho.

O advogado de defesa Marcelo Feller afirmou que o placar da votação foi apertado. Três dos sete jurados decidiram pela absolvição do rapaz.

"Ele entrou aqui condenado por 7 a 0 e terminou condenado por 4 a 3", afirmou. "Isso significa que três jurados acreditam que a polícia e perícia estavam errados."

Feller disse que recorrerá da decisão e estuda pedir a nulidade do julgamento por cerceamento de defesa.

Segundo ele, os defensores pediram que a investigação fosse atrás das imagens do shopping Frei Caneca, onde Gil afirma que estava na hora do crime. As imagens foram apagadas, mas, afirma, seria possível recuperá-las.

Outro ponto contestado é o fato de o juiz ter negado pedir as contas telefônicas de vizinhos, que ligaram para os vigias, que poderiam provar o horário dos tiros. "Gil não estava na cena do crime na hora que ele aconteceu."

Ele voltou a dizer que outros suspeitos deveriam ser investigados. Também disse não saber o que Gil fará agora. "Ele recebeu a decisão dos jurados com respeito, mesmo discordando dela", disse.

PROMOTOR

Após a condenação, o promotor Rogério Zagallo afirmou que Gil é uma pessoa perigosa para a sociedade.

Disse ainda que atuou em casos ligados à facção criminosa PCC e que dividiria o carro com todos esses criminosos, mas não com o rapaz.

O promotor disse que um réu condenado a 33 anos sair pela mesma porta que entrou "é uma pena". "Esse rapaz tem um desvio de personalidade dissimulada. Ele não é esse anjinho que parece e não vai participar do conclave [reunião de cardeais na qual é escolhido um papa]." A Promotoria afirma que teme que Gil fuja. A defesa nega que ele tenha essa intenção.

Zagallo lamentou ainda o fato de que Gil poderá cumprir três anos em regime fechado e logo ser beneficiado com a progressão para o semiaberto, por ser réu primário. "[Isso mostra que] vale a pena praticar crimes, matar".


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