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Análise

Sem regras, ocupação da serra agravou instabilidade

ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS ESPECIAL PARA A FOLHA

O acidente ocorrido na rodovia dos Imigrantes traz mais uma vez à baila as relações do homem com a serra do Mar -região florestada que protege ambientalmente toda a borda leste do Sudeste brasileiro.

Conhecidamente, a serra é caracterizada pela grande instabilidade geológica de suas encostas, com o agravante de estar na região com maiores índices pluviométricos do país.

Deslizamentos ocorrem mesmo em locais nunca tocados pelo homem. É de se compreender que as intervenções humanas, sejam por força de obras viárias, sejam pelas expansões urbanas, potencializam a grande instabilidade natural já presente.

Do ponto de vista das obras, a concepção de projeto da Imigrantes, que se desenvolveu por túneis e viadutos como forma de interferir o mínimo possível nas encostas, resultou em um enorme aumento da segurança.

O mesmo não se pode dizer das expansões urbanas regulares e irregulares que se dirigem à serra a partir dos municípios litorâneos.

A consequência é a coleção de tragédias humanas e fracassos técnicos, situação especialmente ameaçadora levando-se em conta o grande desenvolvimento econômico projetado para a região.

As ações de governo têm sido ineficazes, morosas e descontínuas. Indispensável se faz uma decisão para impedir que essas ocupações urbanas continuem a ocorrer ao largo de qualquer regulação.

Os riscos são tão graves que justificariam o impedimento de qualquer nova instalação na serra antes que as regras técnicas estejam perfeitamente definidas e divulgadas.


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