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Após crise no IML, governo de SP troca cúpula da Polícia Científica
Médico Paulo Vasques, 62, assume no lugar de Celso Perioli, que estava no cargo desde 1998
Secretário da Segurança estava insatisfeito; reportagens da Folha revelaram uma série de problemas em unidades
A gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) trocou ontem toda a cúpula da Polícia Científica de São Paulo.
O órgão é responsável pelos IMLs (Instituto Médico-Legal) do Estado e pelo Instituto de Criminalística (IC).
Celso Perioli, que chefiava a Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo desde 1998, entregou o cargo, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Conforme a Folha apurou, entretanto, Perioli foi demitido pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Grella.
O novo chefe da Polícia Científica paulista será o médico Paulo Vasques, 62. Especialista em medicina legal, Vasques já atuou na equipe de perícias do IML de Osasco/Cotia, na Grande São Paulo.
O secretário da Segurança estava descontente após reportagens publicadas na Folha revelarem irregularidades em unidades do IML na capital. No posto de Artur Alvim, zona leste, a reportagem flagrou poças de sangue misturadas com detritos de cadáveres no chão do necrotério. Corpos ficaram dias fora da geladeira por falta de espaço.
A unidade fechou para reformas no início de fevereiro.
Outros quatro postos tinham problemas, como falta de técnicos de raio-X, de água e até de papel higiênico. Funcionários chegaram a arrecadar dinheiro para comprar produtos de limpeza.
A direção do IML, chefiada pelo médico Roberto Camargo, também será trocada, assim como o comando do IC, que estava sob a responsabilidade de Adilson Pereira.
Grella também estava insatisfeito com a demora na entrega de laudos referentes a crimes investigados pela Polícia Civil. Uma das propostas do secretário, que assumiu no final de 2012, era acelerar as investigações -o rápido esclarecimento de crimes, dizem especialistas, ajuda na percepção de segurança.
