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Após críticas, Haddad telefona para Kassab

Petista liga para o antecessor para aparar arestas após secretários reclamarem da administração do ex-prefeito

'Já conversamos por telefone. Está tudo certo', disse Haddad; na semana passada, Kassab reagiu às críticas

EVANDRO SPINELLI DE SÃO PAULO

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), telefonou no fim de semana para Gilberto Kassab (PSD), seu antecessor, para aparar arestas.

A relação entre os dois, que era excelente -ao menos em público-, azedou na semana passada, após o ex-prefeito reagir, com termos duros, a críticas feitas por secretários do governo de Haddad.

Kassab se incomodou especialmente com a declaração do secretário Chico Macena (Subprefeituras) de que o mato alto nas praças e canteiros de avenidas é culpa da gestão anterior, que teria suspendido os contratos de prestação do serviço em novembro, após a eleição.

Conforme a Folha publicou no sábado, para Kassab as críticas não têm mais cabimento porque o mato tem de ser cortado todos os meses e Macena já está no governo há dois meses, sem contar o período de transição.

O ex-prefeito também reagiu às críticas de que cerca de 4.000 crianças foram matriculadas em escolas que não estão prontas. Para Kassab, as obras estavam em andamento e a atual gestão deixou de investir, por isso as escolas não foram concluídas em tempo.

Haddad disse que "não há crítica nenhuma". "Já conversamos por telefone. Está tudo certo", afirmou o prefeito.

POLÍTICA

O PSD tem oito vereadores. No total, Kassab é "dono" de 13 a 15 votos na Câmara, fundamentais para garantir maioria para Haddad aprovar projetos de seu interesse.

Se a relação com Kassab azedar de vez, o grupo controlado pelo ex-prefeito pode ir para a oposição, colocando em risco a maioria, hoje folgada, de Haddad na Casa.

Já chegou à Câmara, por exemplo, o projeto que propõe a devolução da taxa da inspeção veicular e o rompimento do contrato de concessão do serviço com a Controlar, assinado por Kassab.

Também devem seguir para a Câmara nos próximos meses a revisão do Plano Diretor, a criação de novas operações urbanas -para dar forma ao Arco do Futuro, também promessa de campanha- e o pacote de projetos orçamentários para os próximos anos -Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Orçamento de 2014.

A aliança entre Kassab e Haddad em São Paulo -o ex-prefeito controla a SPTuris, empresa municipal de turismo- também é fundamental para os planos nacionais das duas legendas.

Kassab é aliado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato a presidente.

O PT trabalha para manter o PSB na base da presidente Dilma Rousseff e oficializar o PSD no governo, com a indicação de um ministro.


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