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Bruno pediu para esconder filho de Eliza, diz ex-mulher
Pedido teria sido feito quando polícia já investigava o sumiço da modelo
Réu chorou ao ver vídeo de primo morto, mas se recusou a assistir a outro no qual Eliza o acusava de ameaças
A ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes Souza, 28, que está sendo julgada com ele pela morte de Eliza Samudio, disse que ele pediu que ela mentisse à polícia sobre a existência de Bruninho -filho dele com a ex-amante.
Dayanne Souza, 25, afirmou durante interrogatório no fórum de Contagem que o ex-marido e o assessor dele na época, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pediram para ela esconder de todo mundo a criança.
O pedido, segundo ela, foi dado no dia 25 de junho de 2010, quando a polícia começava a investigar o caso e procurava pelo menino.
Foi nesse dia que Dayanne foi presa por "subtração de incapaz" e o caso ganhou repercussão. Ela é julgada por sequestro e cárcere privado do menino.
Bruno, que será ouvido hoje, não teve autorização da juíza para acompanhar o interrogatório da ex-mulher.
Dayanne disse ainda que Bruno tentou esconder a presença de Eliza no sítio dele em Esmeraldas (MG), entre 6 e 10 de junho de 2010.
A ex-mulher contou ter descoberto que Eliza estava no sítio ao fazer uma visita surpresa, no dia 9. A ré disse não ter visto, em nenhum momento, a vítima ser encarcerada ou agredida.
SEM VOLTA
Segundo a acusada, Eliza deixou o sítio, acompanhada de Macarrão e um primo de Bruno -Jorge Luiz Rosa.
Os dois voltaram com a criança, mas sem a mãe dele.
Segundo Dayanne, ela e Bruno questionaram a dupla sobre onde estava Eliza, mas não tiveram resposta.
Minutos depois, após uma reunião entre o goleiro, Macarrão, Jorge e Sérgio Rosa Sales -outro primo do atleta-, ouviu a versão de que Eliza havia ido a São Paulo.
Dayanne disse que, na mesma noite, sentiu cheiro de fumaça -para a Promotoria, era de pertences de Eliza que foram queimados.
CHORO
Ontem, Bruno chorou ao ver um vídeo com imagens de Sales, já morto. O réu evitou assistir a outra gravação em que Eliza o acusava de agressões e de ameaças caso ela não fizesse um aborto.