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Atropelador invadiu ciclofaixa em alta velocidade, afirma testemunha

Psicólogo viu carro de Alex Siwek momentos antes de ele atingir ciclista e prestou depoimento à polícia

Ele acelerava o veículo mesmo parado, 'cantava' pneu e dirigia em zigue-zague, diz; para a defesa, afirmações são subjetivas

ROGÉRIO PAGNAN DE SÃO PAULO THIAGO GUIMARÃES COORDENADOR-ADJUNTO DA AGÊNCIA FOLHA

Minutos antes de atropelar o ciclista David Santos Sousa, 21, na avenida Paulista, no domingo, o estudante Alex Siwek, 21, transitava com seu carro dentro da ciclofaixa, em alta velocidade e cantando pneu "feito maluco".

É o que contou ontem à Folha o psicólogo Felipe Farinelli Lima Brito, 33, uma das testemunhas ouvidas pela polícia para entender como ocorreu o atropelamento.

"Ele [Alex] estava se achando o dono do pedaço", disse Brito, que voltava de uma balada em um táxi.

Na Paulista, próximo à rua Augusta, o veículo em que estava parou no semáforo, relatou. Era perto das 5h30.

Nesse instante, um veículo Honda Fit chamou sua atenção. Além do som alto, o carro estava dentro da ciclofaixa. O motorista, segundo Brito, acelerava, provocando um grande barulho.

"Quando abriu o sinal, ele arrancou igual maluco. Cantando pneu e acelerando. E começou a fazer zigue-zague. Entrando e saindo da ciclofaixa. Passou por cima de alguns cones", afirmou.

E continuou. "Não tinha trânsito no momento e não precisava o cara entrar na ciclofaixa", disse Brito.

Minutos depois, após perder o veículo de vista, ele percebeu a movimentação provocada pelo atropelamento. "Vi o ciclista no chão, ensanguentado. Uma pessoa fazia massagem cardíaca nele."

Lembrou-se, então, do veículo que havia visto. "Perguntei ao pessoal parado: gente, foi o Honda Fit? Aí, eles confirmaram", disse. "Pensei que poderia ter falado alguma coisa antes para os dois [Siwek estava com um amigo no carro], mas você não se sente muito no direito."

Brito disse que não parou para socorrer David porque já havia muita gente fazendo isso, mas ligou para o serviço de emergência. "Liguei para o Samu e fui embora. Pela cena que vi, achei que o ciclista não sobreviveria."

O psicólogo conta que, por volta das 11h de domingo, leu a notícia do atropelamento pela internet. Viu o distrito policial em que o caso era registrado e, espontaneamente, foi apresentar seu relato.

DEFESA

O advogado Pablo Naves Testoni, que defende Alex, disse que as afirmações da testemunha são subjetivas e que, se o seu cliente tivesse acelerado desde a Augusta, alguma câmera da avenida teria flagrado a ação. "Não tem nenhum registro disso."


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