Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Mortes
ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULOGLORIA MARIA MAGRO POSSI - Aos 63, casada com Antonio Vicente Possi. Deixa filhos. Cemitério Congonhas.
JONAS BERTOLDI - Aos 80, casado. Deixa irmãos, filho e neta. Cemitério Municipal de Pirajuí, Pirajuí (SP).
WILSON GERMANO - Aos 63. Deixa três filhos. Cemitério e Crematório Metropolitano Primaveras.
7º DIA
EDUARDO GAMA WRIGTH JUNIOR - Amanhã, às 19h, na paróquia N. Sra. Mãe do Salvador (Cruz Torta), av. Prof. Frederico Hermann Jr., 105, Alto de Pinheiros.
2º ANO
SEVERINA ALVES BEZERRA - Hoje, às 17h30, no Santuário N. Sra. de Fátima, av. Dr. Arnaldo, 1.831, Sumaré.
30º ANO
GILBERTO TEIXEIRA DA SILVA JR. (BETO) - Amanhã, às 18h, na igreja Sto. Antonio, Aldeia da Serra.
60º ANO
JORGE ASSAFF MALULI - Amanhã, às 17h30, na igreja N. Sra. do Carmo, r. Brás Cubas, 163, Aclimação.
DONATO MUCERINO (1922-2013)
O italiano e seu diário de guerra
O medo de que a Guerra da Coreia se alastrasse para a Europa fez com que o italiano Donato Mucerino, um ex-combatente da Segunda Guerra, viesse ao Brasil em 1950.
Lutar de novo era tudo o que não queria. Como soldado do Eixo, fora preso perto de Moscou e torturado. Conseguiu fugir a pé até a Romênia, antes de voltar à Itália. Contava que, dos 2.000 homens de seu batalhão, 50 tiveram a mesma sorte que ele.
Formado em contabilidade, chegou a trabalhar como funcionário público em seu país. No Brasil, onde tinha primos na região de Ribeirão Preto, mexeu com autopeças antes de virar caixeiro viajante e percorrer todo o país.
Ao saber que o pai estava muito doente, voltou à Itália para revê-lo. No trem, conheceu Victória, uma argentina que estava no país passando uma temporada com um tio. Os dois voltaram à América do Sul no mesmo navio, mas cada um tomou seu destino.
Corresponderam-se por cartas por um ano, até que Donato foi à Argentina para se casar e trazê-la ao Brasil.
Ao longo de mais de 50 anos, trabalhou como representante comercial de uma empresa de peças de automóveis.
Como lembra o filho Luiz Alexandre, seu pai, dono de um vozeirão, gostava de cantar canções napolitanas e óperas e de contar histórias.
Guardava um diário com mais de 200 páginas escrito durante a guerra e se emocionava quando a família via com ele as anotações -muitas delas ilegíveis, segundo o filho.
Há alguns anos, quebrara a perna e sofria de parkinson. Morreu na sexta (8), aos 91, de complicações da doença. Teve dois filhos e dois netos.