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Cotidiano

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Ilustrada - em cima da hora

Herchcovitch e Osklen fazem desfiles comerciais

As coleções foram diretas, sem grandes cenários e com foco nos negócios

Herchcovitch trouxe à passarela listras e preto e branco, enquanto Osklen focou no brilho e nas pedras preciosas

VIVIAN WHITEMAN COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Reestruturação é a palavra chave dessa temporada verão 2014 da São Paulo Fashion Week.

Dos desfalques no line-up ao comedimento de gastos nas apresentações, tudo aponta para isso. Tema que se reflete até mesmo na lógica interna de coleções de grandes nomes do evento, como Alexandre Herchcovitch e Osklen.

Sim, tanto uma como outra fizeram desfiles bem diretos, com foco comercial bastante claro, sem grandes cenários etc.

Essa foi a regra geral até agora, com raras exceções. Muito mais interessante, porém, é notar como o tema aparece no terreno da criação.

Herchcovitch investiga o processo de transformação de uma mulher.

Da mulher, mais especificamente, que é a musa sem rosto de suas criações, essa mulher feita de ideias e que tem sua existência encarnada a cada coleção.

Essa existência é submetida às exigências do mundo porque o criador também o é. E um dos mestres desse mundo é o mercado.

Olhando muito objetivamente, há na coleção vários hits do momento, tendências. Saias longuetes que terminam em babados, listras, minimalismo, preto e branco... Tudo muito bonito, como de costume.

Mas um verdadeiro criador não faz apenas roupas, constrói coleções, e isso inclui do conceito à edição final do desfile.

Não é uma questão de show e malabarismo, trata-se de pensamento e imagem. E é no encadeamento do conjunto que Herchcovitch reestrutura sua assinatura e suas mulheres para os limites dessa temporada.

GRADES

O desfile começa com listras verticais partidas em fundo preto, lembrando grades de cadeia quebradas.

A quebra segue na modelagem, com o vestido se transformando em saia e top, deixando uma faixa de pele à mostra.

Essa faixa de pele vai tomando conta das roupas, vira listras e recortes horizontais, depois explode em várias direções, se transforma em padrões de zebra, fica transparente, e quase desaparece.

As formas também estão em transe mutante: inflam, murcham, enlaçam. O look final mostra uma nova pele feita de couro, recortada e construída em tiras e marcada com zíperes, feito cicatrizes. Bonita e com história, como a boa moda e a vida que vale a pena.

JOIAS E BRILHO

Na Osklen, esse processo parte da lapidação de pedras preciosas. Passo a passo. A cor, o brilho, os recortes sucessivos: pouco a pouco vão aparecendo as joias da grife, personificadas na imagem das novas musas de Ipanema.

A coleção se divide entre uma série monocromática de looks casuais elegantes e uma sequência de looks mais luxuosos.

O luxo segundo a Osklen, que mistura pedrarias e materiais plastificados, meio loja de suvenir tradicional meio butique de design de ponta.

Trata-se de uma lapidação da própria imagem do Rio segundo o estilo Osklen, trabalho ambicioso que a marca tem conseguido realizar (e exportar) a cada temporada.


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