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Funilaria e pintura

Conheça os tratamentos estéticos que foram destaque no último encontro da Academia Americana de Dermatologia, nos EUA, e saiba o que já está chegando ao Brasil

INJEÇÃO
O uso do desoxicolato de sódio em injeções para dissolver gordura localizada está proibido pela Anvisa, mas novas pesquisas podem reabilitar a substância para tratamentos estéticos. O alvo da vez é a gordura submandibular, mais conhecida por papada ou queixo duplo.
De acordo com a dermatologista Patrícia Rittes, pioneira nos trabalhos científicos sobre a droga, os estudos sobre esse uso da substância estão avançados, e a fórmula para acabar com a gordura sob o queixo está a ponto de ser liberada pela FDA, agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos.
Os testes já estão na fase 3 (última etapa antes da aprovação) e mostraram que a fórmula causa uma espécie de esticamento da pele e produção de colágeno novo 28 dias após a aplicação, segundo Rittes. "Os resultados foram semelhantes aos de uma lipoaspiração", afirma o dermatologista Adilson Costa.

LAVA-RÁPIDO
Novidade no tratamento da acne, o Acleara usa ondas de luz e uma tecnologia para limpeza de pele a vácuo. O aparelho é uma alternativa para quem não pode usar remédios antiacne, como grávidas. A sucção criada pelo vácuo extrai cravos, sebo e bactérias acumuladas sob a pele, enquanto os disparos de luz têm efeito secativo e bactericida, evitando as inflamações que causam as espinhas.
As sessões, que custam entre R$ 200 e R$ 500, são rápidas: segundo o fabricante do aparelho, dá para tratar o rosto todo em cerca de 15 minutos.
O tratamento completo é feito com, em média, sete sessões e costuma ser bem tolerado. "Porém, em pessoas com grande predisposição a melasma [mancha amarronzada], devemos ser cuidadosos com terapias à base de luz, que podem acentuar o problema", diz o dermatologista Davi de Lacerda.

DESODORIZAÇÃO
Já testado por alguns anos nos Estados Unidos, o Miradry é um aparelho para tratar hiperidrose (suor excessivo e incontrolável) de forma não invasiva -as técnicas até agora disponíveis no Brasil para combater esse problema são cirurgia torácica, injeção de botox ou remédios. A nova máquina destrói as glândulas sudoríparas por meio de micro-ondas. "O resultado é definitivo, foi isso que apontaram estudos com pacientes tratados já há cinco anos", diz a dermatologista Mônica Aribi. O dermatologista Davi de Lacerda não endossa: "A duração do efeito ainda precisa ser acompanhada por mais tempo para que se possa dizer que é definitivo".
O tratamento é feito com anestesia local. Alguns médicos dizem que basta uma sessão; outros, afirmam que são necessárias até três. O preço varia de R$ 5.000 a R$ 8.000 por sessão.

RECAUCHUTAGEM
Liberado pela Anvisa no início do mês passado, o Maximus é usado contra a flacidez do rosto e do corpo. Age por meio de duas tecnologias associadas: a radiofrequência, que aquece camadas profundas da pele, diluindo acúmulos de gordura, e a TriLipo DMA, que faz os músculos se contraírem e estimula a retração das fibras de colágeno, que dão firmeza à pele.
"O paciente sente uma leve sensação de choque por causa do estímulo muscular", conta a dermatologista Mônica Aribi. São necessárias seis sessões, uma por semana, ao custo de R$ 350 reais cada. Não são conhecidos efeitos colaterais importantes.

PNEUS
O Liposonix é um aparelho que usa a energia do ultrassom para destruir, por meio do calor, as células gordurosas. A tecnologia permite direcionar as ondas com grande precisão até a camada de gordura. "O calor não queima a pele superficialmente, e a gordura destruída é absorvida pelo organismo", diz Davi de Lacerda, dermatologista pelo Johns Hopkins Hospital.
Segundo o fabricante, dá para perder 2,5 cm de cintura em uma única sessão. "O resultado pode ser percebido entre dez e 12 semanas depois da aplicação", diz a dermatologista Mônica Aribi, preceptora da residência de dermatologia da Universidade de Mogi das Cruzes. O preço da sessão varia de R$ 3.000 a R$ 5.000. É preciso tomar um analgésico 40 minutos antes da aplicação, que costuma ser um pouco dolorosa. O tratamento é contraindicado para grávidas.

ACELERADOR
Um dos equipamentos que causou mais alvoroço entre os demartologistas reunidos no congresso foi o Picosure, novo removedor de tatuagens e sinais benignos a laser. Sua vantagem é que ele dispara pulsos de luz ultrarrápidos, tornando o tratamento menos demorado e mais eficaz.
"Com nosso laser mais moderno precisamos de dez sessões para conseguir remover uma tatuagem; esse aparelho faz o trabalho em cinco sessões e com um resultado melhor", compara a dermatologista Carolina Marçon.
O funcionamento do Picosure não é muito diferente dos aparelhos utilizados hoje: ele quebra o pigmento em partes menores, que podem ser absorvidas pela pele e eliminadas pelo sistema imunológico. O que muda é a velocidade, medida em picossegundos (unidade equivalente a um bilionésimo de segundo), e o poder de destruição. Como as partículas de tinta ficam mais fragmentadas, o organismo consegue eliminá-las com mais eficiência.
Em estudos conduzidos pelo próprio fabricante, o Picosure também se mostrou mais eficaz na remoção de tintas azuis e verdes, as mais complicadas de serem extraídas. O pior efeito colateral é a hipopigmentação -aparecimento de uma mancha branca que não pode ser retirada com outros tratamentos. "Na tentativa de destruir a tatuagem, às vezes o aparelho acaba destruindo também o pigmento da pele", diz Marçon. O problema é mais comum em peles negras. (JULIANA CUNHA)


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