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Múltipla escolha?

Fatores que influenciam na tomada de decisão, segundo pesquisas científicas

RAIVA AJUDA
Pesquisa da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA) envolveu 550 pessoas. Parte dos voluntários teve que lembrar acontecimentos em que sentiram muita raiva; o resto lembrou eventos neutros. Depois, todos avaliaram argumentos fortes e fracos que defendiam o bom comportamento financeiro de estudantes. A raiva ajudou os voluntários a discriminar entre os argumentos fortes e fracos e pesar os prós e contras da situação. O estudo foi publicado na "Personality and Social Psychology Bulletin", em 2007.

ESTRESSE ATRAPALHA
Pesquisa de cientistas da Universidade de Nova York (EUA) publicada no periódico "PNAS" em 2013 dividiu 56 pessoas em dois grupos, que seriam ou não expostos a uma situação desagradável: deixar o braço em água gelada por 3 minutos. Os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, foram monitorados. Aqueles com níveis mais altos de estresse tiveram a capacidade de tomar decisões mais sofisticadas prejudicada. As decisões simples e automáticas não foram afetadas.

MENOS É MAIS
Quanto mais opções, mais difícil fica a escolha e maior é a insatisfação, segundo a economista e psicóloga Sheena Iyengar, da Universidade Columbia (EUA), autora de "The Art of Choosing". Em um de seus trabalhos, ela analisou o comportamento de 754 consumidores diante de prateleiras de supermercado com seis ou 24 sabores de geleia. Embora mais pessoas tenham parado diante da prateleira com muitos sabores, mais compraram quando tinham só seis opções -- 30% contra 3%.

BEXIGA CHEIA
Em estudo vencedor do prêmio Ig Nobel de Medicina de 2011, paródia do Nobel, pesquisadores afirmam que segurar o xixi, por exigir autocontrole, reduz escolhas impulsivas. Eles deram 700 ml ou 50 ml de água a voluntários 45 minutos antes da tomada de decisões financeiras. Quem bebeu mais resistiu às tentações de ganho a curto prazo e esperou para ganhar mais. O trabalho foi publicado na "Psychological Science".

NOITES EM CLARO
Uma noite mal dormida pode reduzir o senso de risco, segundo estudo da Universidade Duke (EUA) publicado em 2011 no "Journal of Neuroscience". Usando ressonância magnética em 29 pessoas, os cientistas mostraram que a falta de sono aumenta a atividade do cérebro em regiões que pesam o lado positivo de uma situação e diminui a ativação de regiões que ponderam os pontos negativos. Quem estava privado de sono fazia escolhas que enfatizavam ganhos monetários, o que pode explicar por que uma noitada de jogos é perigosa.

PAUSA PARA PENSAR
Israelenses e americanos, em estudo publicado na "PNAS" e, 2011, analisaram mais de 1.100 decisões de juízes e viram que eles davam mais liberdade condicional para casos julgados no início do expediente ou após uma pausa. No fim do dia, presos com históricos parecidos tinham os pedidos negados. É a chamada fadiga de decisão: como se uma série de escolhas esgotasse a capacidade de tomar decisões racionais --o que aumenta a chance de comprar as guloseimas vendidas no caixa do supermercado, no fim da compra.

ALIMENTO PARA O CÉREBRO
Comer carboidrato dá energia ao cérebro e restaura o autocontrole, segundo cientistas da Universidade do Estado da Flórida (EUA). Em estudos no "Journal of Personality and Social Psychology", em 2007, eles relacionaram a realização de tarefas que exigem autocontrole com a queda nos níveis de glicose no sangue. Depois, acharam ligação entre níveis baixos de glicose e pior desempenho nessas tarefas. Deram limonada com açúcar ou adoçante a voluntários e viram que quem tomou a bebida doce teve melhor performance.


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