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Depoimento

Pressão social é gatilho para a participação ativa do pai

DAIGO OLIVA EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

A sensação a cada fralda trocada é de vitória, mas não justifica a empolgação de pais que se julgam participativos nas tarefas básicas dos filhos.

Dar banho, colocar o bebê para dormir ou fazer a inalação em dias de clima seco são ajudas importantes, mas não chegam nem perto da atuação materna. Ainda mais no primeiro ano da criança.

Enquanto meu filho, hoje com 11 meses, era apenas amamentado, eu não tinha razões para acordar durante a madrugada na hora de alimentá-lo. A mim, sobrava dar ajuda moral à minha mulher.

Hoje, no fim do período da "ansiedade de separação" --em que a criança passa a entender que é um ser independente da mãe--, a necessidade da figura materna é ainda mais intensa. Às vezes, não há santo que faça o pequeno parar de chorar. Só a santa.

Mas existem milhares de alternativas para suprir outras lacunas: além do dia a dia de papinhas e brincadeiras no tapete, há dois meses eu comecei a fazer aulas de natação com o meu menino.

É pouco, mas proporciona momentos apenas entre eu e ele e um tanto de tempo livre para a minha mulher.

A mudança no comportamento dos pais, tão ligados à velha imagem de autoridade e afastados dos trabalhos dentro de casa, não só ajuda a equilibrar a balança de tarefas diárias, mas alivia também o olhar social que reprova a não participação masculina.

O que é ótimo. É um gatilho saudável que homens se envergonhem de se abster da vida cotidiana de seus filhos e passem a participar dela.


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