Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Equilibrio

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Depoimento

Educador físico superou vício com o AA

DE SÃO PAULO

O educador físico Ricardo Luiz Gonçalves Borges, 28, hoje terapeuta da Clínica AA7, conta como superou o alcoolismo por meio do AA apesar da difícil fase de abstinência.

-

"Eu comecei a beber aos 14 anos. Meus dois avôs eram alcoólatras. Eu era muito tímido. Tinha complexo de inferioridade e achava que o álcool poderia me dar uma outra vida. Eu bebia em qualquer lugar: na escola, antes da aula e em casa sozinho.

Só comecei a perceber que eu tinha um problema aos 22 anos. Eu perdi tudo. Trabalho, namorada, carro. Ninguém na família acreditava em mim. Apesar disso, não parei.

E a situação que já era difícil ficou ainda pior. Cheguei ao fundo do poço. Em uma festa, briguei com dois seguranças e levei três tiros na cabeça. Eu sobrevivi, mas voltei a beber. Até tentei parar, mas sozinho a luta só durava dois dias.

Eu não tinha muita noção do que estava acontecendo. Não achava que tinha uma doença. Era sem-vergonhice, como dizia meu pai. Só fui aprender o que era realmente aquilo com o AA.

A abstinência foi difícil. A retirada do álcool é um processo dolorido. Eu tinha alucinações, não falava coisa com coisa, minhas mãos ficavam roxas. Foi um inferno. Mas não conseguiria sem evitar o primeiro gole.

Não existe alcoólatra social. Demorei um ano para completar o processo e entender a terapia. Hoje, estou sóbrio. É difícil, mas só existe esse caminho."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página