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Opinião

Somos todos celebridades

LULI RADFAHRER COLUNISTA DA FOLHA

Estudo feito pelo Laboratório de Neurociência Social da Universidade Harvard revela o que usuários de redes sociais já desconfiavam: o cérebro responde a revelações pessoais usando os mesmos circuitos de prazer associados a comida, dinheiro e sexo. Compartilhar e bisbilhotar se transformaram em uma compulsão diária, presente nos lugares mais inadequados.

Com a mesma ingenuidade que um habitante de cidade pequena deixa portas abertas à noite, é comum ver perfis que divulgam todo tipo de informação, como se estivessem imunes a variações de contexto ou a erros de interpretação.

Poucos têm consciência do volume de informação compartilhada involuntariamente. Fotos e atualizações costumam registrar automaticamente o local e a hora em que foram feitos, informações que podem custar empregos, relacionamentos ou até mover ações judiciais.

Mídias sociais são meios de comunicação, não assentos de táxi. No "Show de Truman" digital, somos o produto e publicamos para uma audiência. Mais do que transmitir informação, cada atualização ajuda a projetar uma identidade.

Expor-se em público é difícil e estressante, é difícil manter-se o tempo todo sob controle. Nesses momentos, o ideal é tirar fotos para si mesmo ou conversar com amigos ao vivo, torcendo para que nenhum deles registre a conversa.


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