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Plantas
Valeriana
(Valeriana officinalis)
São usadas as raízes. Entre seus princípios ativos estão os valepotriatos, que aumentam as concentrações do ácido gama-aminobutírico, neurotransmissor que inibe a atividade cerebral causando relaxamento. É tóxica em altas doses e em uso contínuo, alerta Sylvio Panizza, em seu livro "Plantas que Curam: Cheiro de Mato" (São Paulo, Ibrasa, 1998).
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Lúpulo
(Humulus lupulus)
É parente da maconha, mas não tem THC (o princípio psicoativo). Na planta, que é usada no preparo da cerveja, foram isoladas mais de 300 substâncias, destacando-se óleo volátil e resinas, como a lupulona. É indicada como calmante, mas faltam estudos que expliquem seu funcionamento.
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Capim-limão
(Cymbopogon citratus)
São usadas as folhas. Embora faltem estudos científicos sobre seus componentes químicos, sabe-se que essa planta é desprovida de ação tóxica. Porém, microfragmentos das suas folhas, no chá, podem causar irritação na boca e nas mucosas.
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Maracujá
(Passiflora edulis e Passiflora incarnata)
São usadas as folhas. Segundo Harry Lorenzi e Abreu Matos ("Plantas Medicinais no Brasil", Instituto Plantarum, 2002), o efeito calmante do maracujá se deve principalmente a um alcaloide chamado passiflorina e a um flavonoide chamado crisina. As folhas da planta também possuem uma molécula que ao ser quebrada pela água se transforma em substância tóxica (ácido cianídrico).
Por isso é recomendada a fervura demorada do chá.
Doses altas de passiflora e tratamento repetido por largos períodos são desaconselhados por especialistas.
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Erva-cidreira
(Melissa officinalis)
São usadas as folhas. A planta é tradicionalmente indicada como calmante em casos de ansiedade e insônia. Contém citronelol, limoneno, linalol, geraniol, triterpenoides, flavonoides, resinas, substâncias amargas e óleo essencial. Também faltam estudos sobre a ação da melissa no sistema nervoso.
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Mulungu
(Eythrina mulungu)
São usadas as cascas. Tradicionalmente empregada para combater ansiedade e insônia. Possui várias classes de alcaloides, inclusive de ação hipotensora, mas faltam pesquisas demonstrando sua ação no sistema nervoso.