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VUCs precisam levar mais carga mantendo dimensões pequenas

As restrições de circulação nas grandes cidades balizam o desenvolvimento de novos produtos

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A falta de espaço em metrópoles como São Paulo motivou o poder público a adotar medidas restritivas para a circulação de veículos. Criada em 1997, a categoria dos VUC (veículos urbanos de carga) é um dos resultados dessa necessidade. À época, ela reunia veículos com capacidade de carga superior a 1,5 tonelada, largura de até 2,2 metros e comprimento máximo de 5,5 metros, que passou a ser de 6,3 metros em 2007.

Em São Paulo, os VUC podem circular, após cadastro na prefeitura, na Zona Máxima de Restrição de Circulação (ZMRC). Criada em 1986, ela compreende área de cerca de 100 km² dentro de um anel formado pelas marginais Tietê e Pinheiros, o complexo viário Maria Maluf e as avenidas Salim Farah Maluf e dos Bandeirantes.

As restrições exigiram adaptação de motoristas e fabricantes. "Esse segmento inclui veículos entre 3,5 e 7 toneladas e todos têm de ser pequenos, ágeis, robustos, potentes e ambientalmente responsáveis", afirma Alexandre Serretti Barbosa, diretor da área Veículos Leves e Médios da fabricante Iveco.

Outro resultado foi o aumento nas vendas de furgões, que, em cinco anos, chegou a 90% no segmento entre 3,5 e 5 toneladas em São Paulo. Eles cativam por serem práticos no cotidiano e não exigirem habilitação especial, caso dos modelos de até 3,5 toneladas. "O segmento se consagrou como opção para o transporte nas cidades", afirma Adriana Taqueti, gerente de vendas e marketing de vans da Mercedes-Benz.

INOVAÇÃO

"Hoje, os fabricantes precisam encontrar soluções inovadoras para atender o transportador. Restrições de circulação e normas de emissões norteiam o desenvolvimento dos produtos", diz Antonio Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America.

Para Claudio Gasparetti, gerente de marketing de caminhões da Mercedes-Benz, unir pouco espaço e muita capacidade é o maior desafio. "Hoje já conseguimos, com o Accelo 1016, adaptar um terceiro eixo e elevar o peso bruto total para 13 toneladas." O executivo destaca que o visual urbano e a operação próxima à de um automóvel viraram marcas desse segmento.

Formas alternativas de propulsão também entram em pauta. Cortes afirma que a MAN estuda aplicar esse tipo de tecnologia no Brasil, mas não dá mais detalhes. Já a Iveco testa protótipos movidos a eletricidade e a gás natural veicular, e a Mercedes estuda utilizar diesel de cana-de-açúcar.


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