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Hipoteca ainda é tabu no Brasil, dizem bancos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Modalidade comum fora do país, o refinanciamento de imóveis --ou hipoteca-- ainda não é popular entre os investidores brasileiros. Nesse tipo de operação, um imóvel quitado entra como garantia de um empréstimo.

No caso do Brasil, há uma particularidade: o imóvel pode ser hipotecado apenas uma vez. Nos EUA, por exemplo, é possível refinanciá-lo por até três vezes.

Foram hipotecas desse tipo, e não pagas, que geraram a crise imobiliária americana de 2008, com reflexos no sistema financeiro mundial.

"O brasileiro ainda tem preconceito com hipoteca porque tem uma relação passional com a casa própria", afirma Rodrigo Pinheiro, diretor geral do Conglomerado Financeiro Barigui, que oferece a modalidade.

PRÓS E CONTRAS

Para Fábio Nogueira, diretor da Pan Hipotecária, parceria da Caixa com o Panamericano, o refinanciamento facilita a obtenção de recursos. "A venda de uma casa é muito mais demorada do que colocá-la como garantia de crédito, inclusive, para comprar outro imóvel."

As linhas são atraentes do ponto de vista de prazos de pagamento, que podem chegar a 30 anos. Os juros, porém, podem passar de 20% ao ano --mais que os 12% ao ano, mais Taxa Referencial (atualmente zero), máximos no caso do financiamento de um imóvel de até R$ 500 mil.

Além disso, se ficar inadimplente, o investidor pode perder o imóvel.

A Credipronto, uma parceria do banco Itaú com a imobiliária Lopes, faz financiamento imobiliário desde 2008 e deverá lançar o refinanciamento no último trimestre deste ano. "É uma aposta que dará certo no médio prazo, pois o brasileiro ainda não aceita bem o negócio", afirma Bruno Gama, diretor-geral da empresa.

VOLUMES

Ainda que venha ganhando força, esse tipo de crédito representa, em média, segundo as instituições ouvidas pela Folha, pouco mais de 1% da carteira total de empréstimo imobiliário (estimada em cerca de R$ 300 bilhões) dos bancos do país.

Nos casos da Caixa e do Bradesco, porém, esse percentual chega a 9%. (JC)


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