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Mercado luxo nos EUA tem apartamento de US$ 95 mi

Orçada em US$ 1,25 bilhão, futura torre da Park Avenue, em frente ao Four Seasons Hotel, terá 84 andares

RAUL JUSTE LORES ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

No arranha-céu onde fica o famoso cubo de vidro da Apple, na Quinta Avenida novaiorquina, uma das maiores incorporadoras da cidade fez de um andar uma espécie de galeria de arte.

Fotos de Truman Capote no Baile Preto e Branco, do King Kong no Empire State Building e do pavilhão Barcelona do arquiteto Mies van der Rohe são sucedidas por vídeos de antigos desfiles de Giorgio Armani e ilustrações de Al Hirschfeld para a revista New Yorker.

A galeria foi criada para promover as vendas dos apartamentos do futuro prédio residencial mais alto do Ocidente, o 432 Park Avenue.

As peças em exposição pretendem transportar os potenciais compradores para o glamour dos primeiros arranha-céus, da velha Nova York e da pureza arquitetônica.

Orçada em US$ 1,25 bilhão, a torre da Park Avenue, em frente ao Four Seasons Hotel, terá 84 andares e apenas 114 apartamentos. Como o chamariz em Manhattan é a vista, os apartamentos só começam a partir do 34º andar.

Abaixo dele, há andares de escritórios e de 25 quitinetes para os empregados --imóveis que só podem ser adquiridos por proprietários dos apartamentos acima.

Uma quitinete de 33 metros quadrados custa US$ 1,5 milhão. Tratando-se de Manhattan, há apenas 90 vagas de garagem, menos que o número de apartamentos, que são vendidas separadamente.

Os andares inferiores terão lojas, restaurante, academia, cinema, teatro e outros serviços. Os apartamentos, entre 120 metros quadrados a 2.000 metros quadrados, custam de US$ 7 milhões a US$ 95 milhões.

O prédio terá 425 metros de altura quando ficar pronto em 2015, apenas 18 a menos que o Empire State Building.

É um mercado que desconhece a crise: o número de edifícios em Nova York com apartamentos à venda acima de US$ 15 milhões pulou de 33 em 2009 para 45 neste ano. Outros 20 na mesma categoria estão em construção.

Além da cópia de galeria de arte, o lançamento teve duas pesadas brochuras com fotos da construção e de Nova York e um curta-metragem, que pretende atualizar o sentido do luxo.

O vídeo começa com carruagens, jardins franceses e palácios europeus que se metamorfoseiam na Nova York atual e em arranha-céus.

Os mercados prioritários fora dos EUA, segundo o construtor Harry Macklowe disse à Folha, são China, Rússia, Brasil e Itália.

Como muitos compram como investimento ou apenas para hospedar a família em duas ou três visitas por ano, boa parte desses edifícios de luxo vira prédios-fantasmas na maior parte do ano.

Alguns trechos da Park Avenue têm apenas metade dos apartamentos habitados de fato, segundo uma pesquisa da American Community Survey.


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