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Coordenador pedagógico não tem curso próprio

DE SÃO PAULO

Uma das figuras mais importantes para o bom funcionamento da escola, o coordenador pedagógico não conta com formação específica para assumir o posto. E, por causa da escassez de docentes -o MEC calcula que faltam 170 mil professores em matemática, física e química na educação básica-, o coordenador pedagógico acaba voltando para a sala de aula.

Cabe a esse profissional zelar pelo bom funcionamento da escola, cuidando, por exemplo, da resolução de conflitos entre os alunos no ambiente de sala de aula.

O problema é que o coordenador não é capacitado para as funções que assume.

"O coordenador é, em geral, um professor nomeado pelo diretor da escola [este é concursado e tem funções burocráticas]. Imagine alguém que se formou em matemática e que, de repente, vira o coordenador pedagógico. Acaba não dando certo", explica Fábio Campos, especialista em educação e um dos criadores do projeto Ensina!.

Hoje, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) determina que cada escola tenha um coordenador pedagógico -independentemente da quantidade de estudantes da instituição.

"Um coordenador de uma escola de 200 alunos terá mais condições de trabalhar do que nas escolas com mais de mil alunos", diz Campos.

FORMAÇÃO ESPECÍFICA

Por causa da falta de capacitação específica, algumas escolas particulares tentam, por conta própria, trabalhar a formação do coordenador pedagógico -e também de outros profissionais ligados à gestão da escola.

O colégio Vera Cruz, por exemplo, conta com o Cevec (Centro de Estudos Educacionais Vera Cruz) há mais de 30 anos. Um dos cursos programados para este semestre é justamente voltado para coordenadores pedagógicos.

O Prisma, Centro de Estudos do Colégio Santa Maria, também tem cursos para professores e coordenadores.

"Mas a demanda de coordenadores é pequena", diz Flávia Manzione, coordenadora do Prisma. Cerca de 700 professores por ano fazem os cursos. O número de coordenadores não chega a 15.


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