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Empresários vivem dilema ao decidir como se financiar

É preciso determinar se é melhor reter o controle ou vender parte dele em troca de expansão mais rápida

Experiências de dois empreendedores criam uma oportunidade para avaliar diferença que a capitalização pode fazer

DO "NEW YORK TIMES"

Roman Stanek e Robert Moore tinham o mesmo sonho. Ambos anteviram que empresas recolheriam grande volume de dados sobre as transações de seus clientes na web e decidiram que existiria um grande mercado em ajudar essas companhias a analisar essas informações.

Embora Stanek e Moore tivessem em mente mais ou menos o mesmo mercado, havia uma diferença crítica: a maneira pela qual financiaram seus sonhos.

Um deles rapidamente levantou mais de US$ 50 milhões, e o outro decidiu que ele mesmo bancaria o desenvolvimento do negócio, o que cria uma rara oportunidade para avaliar a diferença que o capital de risco pode fazer.

Quando Stanek, 47, criou a GoodData, em 2007, em San Francisco, já tinha bastante experiência com o capital de risco. Depois de financiar o primeiro ano com algumas centenas de milhares de dólares do dinheiro que ganhou com a venda de uma companhia de serviços de web, começou a procurar investidores e terminou obtendo US$ 53,5 milhões. "Se o objetivo era criar uma empresa grande e dominante, não havia outra escolha."

Em contraste, antes de fundar a RJMetrics, Robert Moore e Jake Stein trabalhavam como analistas em uma companhia de investimentos em Nova York, onde conheceram empreendedores que haviam criado negócios lucrativos sem muito dinheiro.

Quando criaram a RJMetrics, em 2008, Moore e Stein investiram US$ 10 mil de seu dinheiro e só contrataram seu primeiro funcionário em 2010.

Quando chegou a hora de levantar capital, no ano passado, a empresa já tinha mais de cem clientes e uma receita anual de US$ 1 milhão. "Isso nos colocou em excelente posição para negociar", disse Moore, 29. Os proprietários levantaram cerca de US$ 1,2 milhão, principalmente junto a clientes.

As duas abordagens criaram companhias muito diferentes. A RJMetrics assinou com seu primeiro cliente oferecendo um protótipo, apenas alguns meses depois de iniciar as atividades.

Para ampliar o faturamento, teve de esperar por reações positivas dos clientes porque não tinha equipe de vendas.

Mas o autofinanciamento permitiu que os fundadores mantivessem grande proporção das cotas acionárias e evitassem a distorção que pode surgir quando uma companhia conta com a presença de investidores exigentes.

Já os cofres recheados da GoodData permitiram que Stanek contratasse pessoal para sua expansão. A empresa hoje conta com 250 funcionários --metade dedicada a vendas e marketing. A RJMetrics, por outro lado, tem 26 e apenas quatro trabalham nesses departamentos.

Em última análise, a questão é determinar se é melhor reter o controle da empresa ou vender parte dele em troca de expansão mais rápida.


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