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Trabalho do estatístico vai dos números à interpretação

Além de analisar, profissional deve ter habilidade de comunicação

BEATRIZ IZUMINO DE SÃO PAULO

Não tem outro jeito: para fazer graduação em estatística, tem que gostar de lidar com números.

"Eu gostava de matemática, mas achava que era muito teórica. Queria algo que me desse resultados mais práticos", diz a estatística Julia Reiff Cassano, 25.

Formada há dois anos pela USP, Julia agora trabalha na área de audiência de televisão da América Latina no instituto de pesquisa Ibope.

Gostar de matemática, de fato, ajuda muito. Segundo Doris Fontes, presidente do Conselho Regional de Estatística da 3ª Região, o curso é formado por três pilares: fundamentos de matemática, computação e teoria estatística, "que depende da base matemática", afirma.

"O que nós esperamos é que o aluno tenha habilidades na área quantitativa", diz Edson Flores, coordenador do curso da PUC-SP.

Segundo ele, muitos profissionais da estatística vão trabalhar no mercado financeiro. Por isso, o curso da PUC é voltado para essa área.

Mas o estatístico pode trabalhar com outros assuntos.

"Hoje, para uma empresa tomar uma boa decisão, precisa de análise de dados. É o estatístico quem ajuda nessa tarefa", diz Doris.

A presidente do conselho afirma que a área de "big data", que envolve a análise de grandes volumes de dados, crescerá muito. "O Brasil ainda não acordou para isso."

CONTAR PARA CONTAR

Saber interpretar os dados numéricos não basta para se dar bem na profissão. É preciso também saber informar essas análises, tanto por escrito quanto oralmente.

Quem tem conseguido usar essa habilidade é Vinicius Leite, 21, que cursa o terceiro ano na Escola Nacional de Ciências Estatísticas, ligada ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Vinicius e outros três colegas da faculdade fundaram o site Estatísti.co, com o objetivo de tornar a carreira mais conhecida.

"Gerindo o site, a gente consegue também melhorar a nossa comunicação, para expor o que a gente aprende e o nosso trabalho", diz.

Desde o começo do ano, quando foi fundado, o portal já conquistou mais de mil "curtidas" no Facebook e conta com uma equipe de 13 pessoas para alimentá-lo.

O site também divulga oportunidades de emprego. Vinicius trabalha no Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas, e diz que conseguiu o estágio na segunda entrevista.

"Há muita procura por estatísticos e poucos se formam por ano. Então, o emprego é certo", conta o estudante.


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