Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Não há vias que deem conta da evolução da frota

ALENCAR IZIDORO EDITOR-ADJUNTO DE "COTIDIANO"

Com incentivo governamental, a população comprou carros e motos na expectativa de, além de status, ter maior mobilidade. Em uma década, a frota oficial ganhou 40 milhões de veículos.

Ao mesmo tempo, as pessoas passaram a perder mais tempo para ir ao trabalho.

De um lado, porque estão morando mais longe do serviço. De outro, porque ficaram entupidas no trânsito.

Quem aderiu ao transporte individual vai dizer, com razão, que a demora é ainda maior no transporte público.

Afinal, não só os carros mas também os ônibus ficam presos nos engarrafamentos das principais capitais, onde a prioridade aos coletivos não alcança nem 600 km --equivalente a menos de 4% das vias da cidade de São Paulo.

Quem se motorizou vai alegar ainda, com razão, que se houvesse uma boa rede sobre trilhos poderia ser diferente.

Uma simples comparação desvenda a deficiência: num país de 200 milhões de habitantes temos uma rede de metrô inferior à que uma cidade como Seul oferece a 10 milhões de sul-coreanos.

Além disso, conforme a ANPTrilhos, só 12 das 63 regiões metropolitanas têm algum transporte metroferroviário --que, sem interferências do trânsito, é mais rápido. E nenhum sistema novo foi implantado desde 2010.

O cenário corrobora a tese de que quem aderiu ao carro tinha pouca opção. A diferença é que, para esses, demorar cada vez mais é irreversível --exceto se houver restrições, como pedágio urbano. Não há construção de via que acompanhe a evolução da frota.

Já a perda de tempo no transporte coletivo é contornável --com mais metrô, trens e ônibus em pistas exclusivas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página