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NY contra o carro - e pela polêmica

ADMINISTRAÇÃO BLOOMBERG COMPRA A BRIGA COM INIMIGOS, FECHA RUAS E FAZ 460 KM DE CICLOVIA

MARCOS AUGUSTO DE NOVA YORK

A pouco mais de três meses do final de seu mandato Michael Bloomberg possivelmente entrará para a história como o prefeito nova-iorquino das ciclofaixas e bicicletas. Ou como o inimigo número 1 dos motoristas de táxis e usuários de automóvel.

Ao longo da atual administração, Nova York ganhou 450 km de ciclovias e adotou um sistema compartilhado de bikes que estreou em maio e oferece cerca de 6 mil bicicletas em 330 estações.

Essas medidas, capitaneadas pela diretora municipal de transportes, Jannete Sadik-Khan, integram um conjunto de decisões voltado para a revalorização do espaço público, em detrimento do carro.

Juntamente com as ciclovias, Sadik-Khan restringiu a circulação de veículos em diversas áreas da cidade, que foram transformadas em praças e locais de convivência.

A política de Bloomberg para as bikes humanizou a paisagem urbana, estimulou a adesão de novos ciclistas e reduziu acidentes, mas está longe de ser uma panaceia para os problemas de trânsito. A começar pelo seu alcance.

A prefeitura estima que 500 mil pessoas usem bicicleta pelo menos uma vez por mês na cidade ""que tem uma população de 8,3 milhões.

O principal meio público de transporte, o metrô, que faz a diferença em termos de mobilidade, registrou em 2012 uma média diária de 5,4 milhões de passageiros.

São 468 estações e 21 linhas, numa rede com 368 km de extensão --cinco vezes mais do que a de São Paulo.

Embora ciclovias e praças continuem a gerar controvérsias, pesquisa do "New York Times" mostrou que a maioria dos moradores aprova as medidas: 64% se declararam a favor da ampliação das vias para ciclistas. As áreas para pedestres e o compartilhamento de bikes foram apoiados, respectivamente, por 72% e 73% dos entrevistados.

Os números não bastaram para convencer os críticos. Pré-candidatos à sucessão de Bloomberg continuam a fazer restrições e prometem eliminar as ciclofaixas mais "problemáticas".

Para os representantes dos ciclistas, a pesquisa demonstra que os adversários do prefeito estão equivocados e que deveriam buscar polêmica em outras áreas.


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