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Pedágio urbano alivia centro de Londres

Em dez anos, área de cobrança tem 21% menos carros circulando

LEANDRO COLON DE LONDRES

Dez anos depois de implantar o pedágio urbano no centro da cidade, Londres registra aumento no uso de transporte público e queda considerável nas viagens de carro.

As autoridades londrinas usam esse balanço para considerar um sucesso a cobrança de uma taxa de quem resolve circular de carro pelo centro, onde fica grande parte das áreas de negócios, compras e turismo, como a Abadia de Westminster, o Green Park e o Palácio de Buckingham.

Partindo de 2001 e 2002 --antes de existir o pedágio urbano-- até hoje, registra-se que a circulação de carro no centro de Londres, onde fica a área de cobrança, caiu pelo menos 21%, contra os 13% de média em toda a cidade.

Os dados da Transport for London, empresa de transporte local, apontam, no mesmo período, um crescimento de 59,7% nas viagens de ônibus, 42% de metrô e trens e 66% no uso de bicicletas. A população da cidade cresceu 12%, ou seja, é uma parcela cuja maioria provavelmente se juntou ao grupo que usa o transporte público.

Não existe catraca na cobrança do pedágio urbano. Quem circula de carro por aquelas áreas segunda à sexta, entre 7h e 18h, deve pagar 10 libras (cerca de R$ 36).

O pagamento pode ser feito pela internet, telefone, num posto de atendimento, até a meia-noite do dia referente. Quem quiser, opta por pagamentos adiantados, de três meses a um ano.

Ao todo, 197 câmeras registram os carros que passam pelo local e conferem se o dono pagou ou não a taxa. Se não pagou, a multa pode chegar a 195 libras (R$ 700). Moradores da região têm desconto de 90%.

POLUIÇÃO

Apesar de números positivos, ambientalistas dizem que o pedágio urbano, (em inglês, "congestion charge"), fracassou na redução da poluição, uma vez que o aumento das viagens de ônibus contribuiria para aumentar os níveis de poluentes no ar.

Um estudo do Health Effects Institute, por exemplo, diz que o efeito do pedágio urbano foi "fraco" na melhoria da qualidade do ar.

As autoridades, como o prefeito conservador Boris Johnson, preferem valorizar os números que mostram uma mudança de rotina de quem vive na cidade.

"Nosso futuro depende do sistema de transporte para apoiar o crescimento da população", diz o prefeito, que costuma ser visto circulando pelo transporte coletivo.


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