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Grupos que facilitam crédito em bancos pedem regulação

Falta de regras dificulta a ação de empresários que se unem para avalizar empréstimos de pequenas empresas

Sociedade Garantidora de Crédito permite que instituição financeira faça financiamentos a taxas mais baixas

FILIPE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Ainda iniciantes no Brasil, as Sociedades Garantidoras de Crédito (SGC), formadas para facilitar o acesso a financiamentos para pequenas empresas, aguardam regulamentação para impulsionar seu crescimento.

Criadas por grupos de empresários, as SGCs oferecem cartas de garantia para pequenas empresas quando elas precisam tomar empréstimos. Com isso, pode-se conseguir taxas melhores.

Para garantir o pagamento das prestações, os empresários criam um fundo de aval, com recursos próprios e de instituições parceiras. Esse dinheiro é usado em caso de eventuais calotes.

Antes de dar a garantia, eles analisam a capacidade de pagamento das empresas. Com isso, diminuem o risco dos bancos e o custo de análise de crédito, diz Carlos Alberto dos Santos, diretor técnico do sebrae.

As SGCs são entendidas como Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público). Segundo Lauro Gonzales, coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças da Fundação Getúlio Vargas, o modelo restringe a atuação das SGCs."Este modelo jurídico é frágil, porque tem pouca fiscalização. Isso dificulta a interação com o sistema financeiro tradicional."

Por isso, as SGCs têm suas cartas de aval mais aceitas pelas cooperativas de crédito, principalmente por atuarem de forma parecida.

O setor espera que a regulamentação saia nos próximos meses. No 18º Fórum Ibero-Americano de Garantias, realizado em setembro no Rio de Janeiro, o diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Luiz Edson Feltrim, disse que a instituição está concluindo estudos sobre o tema.

CRESCIMENTO REGIONAL

Fundada em 2003 na cidade de Caxias do Sul (RS), a Garantisserra é a mais antiga entre as cinco SGCs brasileiras. Angelo Mestriner, presidente da SGC, diz que o custo para associação varia entre R$ 500 e R$ 2.400, conforme o tamanho da empresa.

"Já avalizamos R$ 26 milhões em negócios e conseguimos reduzir em 0,5% as taxas de juros cobradas. São R$ 2,2 milhões que ficaram na economia local.", diz.

Hoje, segundo ele, nenhum banco privado aceita suas cartas de garantia.


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