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Massa salarial se expandiu 2,8% desde janeiro
DO RIOApesar da freada da renda e do emprego neste ano, a massa salarial do total de trabalhadores cresceu e registra uma alta média de 2,8% de janeiro a setembro.
O ritmo, porém, é inferior ao dos últimos anos. Em 2012, o indicador, que mede a injeção de recursos na economia, subiu 6,2%.
Cerca de R$ 43 bilhões vindos de salários e outros rendimentos do trabalho circulam mensalmente, em média, nas economias das seis principais regiões metropolitanas do país (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife).
Se for mantido um valor dessa ordem nos três últimos meses do ano, quando as pessoas estão mais dispostas a consumir, serão R$ 130 bilhões injetados na economia --sem contar o 13º salário e benefícios de final de ano.
Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú, a massa salarial, que subiu 0,5% em relação a agosto e 2,4% ante setembro do ano passado, avança apenas na esteira do aumento da renda neste ano, segundo o economista.
É que o emprego mantém uma expansão fraca.
O economista diz que a moderação da inflação também contribui para um crescimento maior da renda real média em agosto e setembro, após cinco meses em queda.
"O aumento da renda média tem sustentado o crescimento da massa salarial, dado que o emprego cresce a um ritmo lento", disse.
De acordo com Bicalho, o crescimento da massa salarial na comparação anual tem oscilado entre 1,5% e 3% nos últimos meses. "Esse ritmo é bastante inferior ao observado em anos anteriores, quando a massa crescia em torno de 5% ao ano", disse Bicalho.
Para os próximos meses, o economista prevê o rendimento com expansão fraca e "um arrefecimento do mercado de trabalho", apesar da taxa de desemprego permanecer em patamar historicamente baixo --em 5,4% em setembro.
