Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Especial

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Na contramão, caminhões investem R$ 4,6 bi até 2016

Sete fabricantes do setor estimam crescimento nas vendas de até 10%

Após queda nos negócios com mudança de tecnologia, setor cria vagas e impulsiona empresas da cadeia

DE SÃO PAULO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a recuperação da indústria de caminhões neste ano, sete fabricantes vão trazer ao país R$ 4,6 bilhões em novos investimentos até 2016.

A expansão dessas empresas prevista para este ano é de cerca de 10%, resultado que parte das montadoras desses veículos já estimam repetir em 2014.

De janeiro a setembro, as vendas de caminhões mostraram crescimento de 13,6% na comparação com igual período de 2012. São 115,1 mil unidades licenciadas nos nove primeiros meses do ano.

A Anfavea, que reúne os fabricantes de veículos, prevê que esse volume chegará a cerca de 150 mil caminhões até dezembro, o que significaria um crescimento de 8%.

Impulsionadas pelo bom desempenho do setor de caminhões, as contratações na indústria automotiva também apresentam reação. O setor (incluindo a produção de veículos leves, caminhões e ônibus) acumulava até setembro 133.126 trabalhadores --o número superou o de 2012, com 129.997 funcionários, segundo dados da Anfavea.

Só no Rio de Janeiro, onde está instalada a MAN, a indústria automotiva fluminense recuperou quase metade (774) dos empregos perdidos no ano passado (1.551).

"O fechamento de vagas em 2012 acompanhou a queda de 36% na produção no Rio", diz William Figueiredo, analista de desenvolvimento econômico da Firjan (federação das indústrias do Rio).

"A indústria se recupera neste ano com a maior demanda por caminhões, em um momento de renovação da frota, e fabricação de ônibus para atender os novos corredores expressos em construção na cidade."

A cadeia produtiva também já sente os reflexos desse desempenho. Sete fornecedores da MAN já optaram em instalar suas unidades próximas à empresa em Resende (RJ) --as autopeças Suspensys e Meritor já constroem suas fábricas no local.

"A introdução do Euro 5 [nova tecnologia que se tornou obrigatória a partir deste ano para reduzir a emissão de poluentes e que elevou o preço do veículo em cerca de 15%] levou à antecipação das compras em 2011", disse Roberto Cortes, presidente da MAN Latin América.

Em 2012, houve queda de 20% nas vendas. Neste ano, haverá alta de 10%, diz.

A cadeia produtiva também já sente os reflexos desse desempenho. A Pirelli vai investir US$ 200 milhões até 2015 anos para criar uma nova linha de pneus para o setor de caminhões e ônibus.

A Bridgestone, que está ampliando turnos, pretende contratar mais 300 trabalhadores até o próximo ano, segundo Marcos Aoki, gerente geral de vendas e marketing.

Depois de perder entre 30% e 50% do mercado no ano passado, a Scania prevê manter os negócios em 2014 no mesmo patamar deste.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página