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Análise

Sem crédito, renovação da frota vai ficar pela metade

Sem patrimônio para dar garantias, motoristas não obtêm financiamento

SÃO AS GRANDES FROTAS QUE MOVIMENTAM O SETOR, COM LINHAS DE CRÉDITO CEDIDAS PELO BNDES

EDUARDO SODRÉ EDITOR DE "VEÍCULOS"

O segmento de veículos pesados atende aos setores que registram os melhores resultados no país, como o agronegócio. As obras de infraestrutura também refletem positivamente nas vendas, que cresceram cerca de 13% entre janeiro e setembro na comparação com o mesmo período de 2012.

A expectativa de executivos do setor é de crescimento entre 6% e 7% em 2014, o que recolocaria a indústria no patamar de 2011, ano recorde devido à antecipação de compras às vésperas das mudanças nas regras de emissões.

Isso abre caminho para o número considerado mágico no segmento: 200 mil unidades emplacadas em um mesmo ano, incluindo os ônibus. No ritmo atual, tal meta deve ser alcançada em 2015.

Contudo, são as grandes frotas que movimentam o setor, pertencentes a empresas quem possuem condições de obter as linhas de crédito cedidas pelo BNDES.

Os motoristas autônomos esbarram em dificuldades para trocar seus caminhões, pois, na maior parte dos casos, não possuem bens ou renda comprovada para viabilizar o financiamento.

Essa situação gera contrastes na estrada, com veículos novos e mais eficientes dividindo espaço com modelos antigos, cujos níveis de emissões de poluentes são elevados, além de oferecerem menos segurança.

Da mesma forma que vem acontecendo com os carros de passeio, os caminhões passam por mudanças para propiciar maior conforto ao motorista e recebem inovações que aumentam as chances de os ocupantes escaparem ilesos de acidentes.

Ao não ter acesso a essas tecnologias, os motoristas autônomos estão mais propensos a cansar-se mais e têm o nível de atenção reduzido.

O desempenho inferior do veículo (que prolonga o tempo de viagem) e os problemas mecânicos comuns a modelos com maior quilometragem elevam os gastos.

Os reflexos da menor eficiência potencializam outros problemas, como as falhas na integração entre os modais de transporte --caminhão em más condições leva mais tempo para ser carregado ou descarregado nos portos, por exemplo.

Criar uma solução de crédito para os autônomos é necessário para estimular o crescimento do setor não só pelas vendas, mas, principalmente, pelos ganhos em segurança e produtividade.


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