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Profundidade de mudanças pode elevar disputa com os EUA

Aumento de produtividade de empresas chinesas pode intensificar competição em áreas como biotecnologia e telecomunicações

DE SÃO PAULO

A capacidade do governo chinês de realizar reformas que realmente aumentem a competitividade das empresas privadas e as tornem mais inovadoras será um desafio para os Estados Unidos na tarefa de continuar como a maior economia do mundo.

Uma reforma ampla e bem-sucedida deve diminuir o papel das companhias estatais e criar um ambiente para o desenvolvimento de alta tecnologia, se tornando um sério competidor para os produtos americanos no exterior em mercados como telecomunicações e biotecnologia.

Esse aumento de competitividade deve acelerar um processo que muitos acreditam pode acontecer já em 2025: a China superar os EUA como maior PIB global --em 2012, a economia americana era o dobro da chinesa.

Para a americana Erica Downs, especialista do instituto Brookings, as reformas devem também acelerar o apetite das empresas asiáticas em investir nos EUA, facilitando um acordo de comércio bilateral entre as duas maiores economias globais.

"Quanto mais as empresas chinesas investirem nos EUA, maior será a preocupação delas em proteger seus interesses. Uma das grandes preocupações que os chineses têm aqui [nos EUA] é que são discriminados por terem sede na China", disse em evento.

"Um acordo bilateral certamente incluiria uma cláusula de não discriminação, o que reduziria a incerteza para as empresas chinesas."

Para os EUA, a contrapartida seria a abertura de áreas da economia chinesa, via investimento ou comércio.

Atualmente, o maior deficit comercial que os EUA tem é com a China (US$ 208 milhões até agosto), e parte desse dinheiro retorna para o solo americano, já que os chineses são os maiores investidores em títulos da dívida do governo dos Estados Unidos.

DRAGÃO ESTAGNADO

O fracasso das reformas poderia ser visto como algo positivo para os EUA, mas analistas não são otimistas.

"Se as reformas não forem genuínas, as relações bilaterais vão se deteriorar e a relação será muito mais tensa em 2016 do que é atualmente", afirmou Derek Scissors, especialista em China.

Uma das dúvidas é o que o regime vai fazer para se manter no poder se a economia ficar estagnada, podendo buscar o confronto com países da região, como Índia e Vietnã.


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