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Arranjo em que os sócios têm a mesma cota é controverso

Negociação depende de valor investido por cada sócio, tempo de dedicação e hora em que se juntam à empresa

Especialista recomenda comparar quanto cada sócio receberia em um emprego no mercado com funções parecidas

DE SÃO PAULO

Quando o empresário alemão Jan Riehle, 35, criou o site Itaro, em agosto do ano passado, que vende pneus pela internet, negociou a participação dos sócios que trouxe para a empresa levando em conta a função que eles desempenhariam no negócio.

"Somos cinco sócios [sem contar com os investidores]. Cada um de nós tem uma participação acionária que depende do momento em que entrou e da função que exerce", diz.

Além de Riehle, a empresa tem mais 15 investidores. Mesmo com esse grande número de pessoas envolvidas, os sócios mais ligados ao cotidiano da Itaro têm a maior participação acionária, diz o empresário

Para Riehle, a definição da participação dos sócios deve ser feita de uma maneira que se consiga manter profissionais talentosos motivados.

Não existe uma única forma de definir qual dos empreendedores será o majoritário em uma empresa. Mas, como no caso da Itaro, a questão costuma depender de negociação.

TOMA LÁ

Entre os fatores que devem ser levados em conta, a quantidade de recursos investida por cada sócio não deve ser o principal, diz Cláudio Carvajal, professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista).

De acordo com Carvajal, outros pontos importantes a serem discutidos são o tempo que cada pessoa dedicará a empresa e as atividades que realizará, afirma.

"Há todo tipo de configuração. Às vezes, um sócio da área de tecnologia pode ficar com um pouco mais de ações por ser o responsável pela construção do produto, ou a pessoa de vendas, porque vai usar os relacionamentos que já tem para fazer negócios."

Marcelo Nakagawa, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa, diz que é muito comum que os empresários decidam dividir a empresa em partes iguais para evitar uma negociação inicial muito difícil.

O problema é que, mais tarde, pode-se chegar à conclusão de que algum dos sócios gera mais valor para o negócio e, por isso, ele tende a se sentir injustiçado ou desmotivado, diz.

A sugestão de Nakagawa é que se busque medir qual será a participação justa considerando quanto cada um conseguiria receber no mercado na mesma função.

"É importante que se jogue limpo desde o começo, porque será um casamento. Se deixar para depois, dá um problema absurdo."


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