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Redes para empreendedores estimulam investimento
DE SÃO PAULOSites, listas e fóruns na web para investidores e empreendedores se diversificaram.
Antes, esses endereços serviam apenas como locais de discussão, mas hoje há diferentes modelos.
A AngelList, uma das redes mais conhecidas, trouxe como novidade os investimentos sindicalizados.
Por eles, um investidor, que pode ser tanto uma pessoa física como um fundo, forma um grupo e os outros podem apoiá-lo. Assim, quando o líder decide apostar em uma empresa, pode ser seguido.
A OnTheGo Platforms, que desenvolve óculos com pequenos computadores embutidos ("smartglasses") conseguiu US$ 330 mil em um aporte liderado pelo fundo Foundry, que formou um grupo pelo site.
Ryan Fink, fundador da empresa, diz ter sido poupado de convencer investidores um a um porque uma entidade reconhecida fez isso por eles. "Agora temos um exército de investidores mundo afora que nos apoia e quer que a gente tenha sucesso, o que me faz sentir bem."
O Foundry fez um aporte de US$ 50 mil e o resto veio de quem o apoiou (com até mesmo US$ 1 mil). Quando os apoiadores venderem suas porcentagens, precisarão pagar 20% do que lucrarem.
Já o TrustedInsight.com serve para investidores trocarem figurinhas e tem 77 mil membros. O fundador do site Alex Bangash diz que a página é para quem colocou dinheiro em ativos pouco líquidos, como empresas de capital fechado, terrenos etc.
"São investimentos sem cotações diárias. Pelo site, pode-se achar um expert que terá uma boa noção de valor de start-ups da Ásia ou de fazendas do Brasil", diz.
O Mattermark.com avalia empresas de tecnologia e, para isso, usa algoritmos e grande quantidade de dados dispersos na web.
No Brasil não há nada semelhante, diz Bedy Yang, do grupo 500 Startups. Para ela, o número de pessoas dispostas a apostar em start-ups ainda é pequeno.