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tudo sobre a ditadura militar

50 Anos depois do golpe de 1964, a ditadura militar ainda incomoda o país

Em março de 1964, quando tropas do Exército foram às ruas derrubar o presidente João Goulart, Dilma Rousseff era uma estudante de 16 anos que se preocupava pouco com política. Aécio Neves era um menino de quatro anos que gostava de brincar com o avô, o então deputado federal Tancredo Neves. Eduardo Campos não tinha nascido, mas se lembra até hoje das histórias que seu avô Miguel Arraes, à época governador de Pernambuco, contava sobre o dia em que foi deposto e levado à prisão pelos militares.

Cinquenta anos depois do golpe de 1964, os três se preparam para disputar a sétima eleição presidencial que o Brasil realiza desde a volta dos militares aos quartéis. É um país diferente, que vive há quase três décadas num regime democrático, em que os governantes são escolhidos pela população em eleições regulares e todo mundo é livre para dizer o que pensa sem medo de ser preso por suas opiniões.

Nos últimos anos, o país foi governado sucessivamente por um professor exilado depois do golpe, Fernando Henrique Cardoso, um líder operário preso na ditadura, Luiz Inácio Lula da Silva, e uma ex-guerrilheira presa e torturada, Dilma. A chegada dessas pessoas ao poder demonstra que a transição do país para a democracia foi exitosa, mas incapaz de pacificar as controvérsias provocadas pelo golpe e pela ditadura inaugurada em 1964.

Milhares de pessoas foram torturadas e centenas foram mortas por se opor ao regime militar, que fechou o Congresso Nacional três vezes e manteve a imprensa sob censura por uma década. Mas os crimes desse período são tratados até hoje como tabu nas Forças Armadas. O governo dos generais modernizou a economia e teve apoio popular nos seus primeiros anos, mas muita gente aceita a contragosto a ideia de que isso tenha ocorrido. Meio século depois, a memória desse tempo ainda incomoda o país.


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