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Esportistas unem paixão pelos jogos a carreira 'tradicional'

MOTIVAÇÃO
Médicos, psicólogos e advogados se mantêm perto das quadras e ajudam atletas

CAMILA DE LIRA DE SÃO PAULO

Ao entrar em campo para atender uma jogadora de beisebol, Karina Hatano, 30, ouviu a pergunta da arquibancada: "Ela é massagista?".

"Ainda não somos muito conhecidos", comenta a médica do esporte da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol e preceptora (supervisora) da residência em medicina esportiva da Unifesp.

Para tratar e preparar o atleta, é preciso dominar várias especialidades --ou seja, o médico esportivo deve entender não só de ortopedia, mas de cardiologia, fisiologia e até de oftalmologia.

"É uma volta do conceito antigo do médico que faz um pouco de tudo. É uma área bastante multidisciplinar", afirma Moisés Cohen, coordenador da disciplina na federal de São Paulo.

Jogadora profissional de beisebol e softbol, Karina sempre quis trabalhar com esporte. "Pensei até em fazer educação física. Se soubesse que haveria a [residência em] medicina esportiva, teria tido menos dúvida", conta.

A médica se prepara para um dos eventos mais importantes de sua carreira: a Copa do Mundo. Karina será uma das responsáveis pela coordenação médica no Itaquerão, em São Paulo.

EQUILÍBRIO

Mas o preparo físico não é o único definidor de um bom esportista. Se não tiver equilíbrio mental, o atleta pode colocar tudo a perder.

"Com toda certeza, o que vai definir quem vence, em qualquer esporte, é o momento psicológico do atleta ou da equipe. Isso precisa ser trabalhado", diz Rodrigo Falcão, psicólogo do esporte.

Além das competições, o profissional atua na iniciação esportiva, com crianças, e no apoio à reabilitação.

Falcão aposta também em outro segmento: "esporte social". Ele supervisiona o Instituto Rugby para Todos, organização que treina crianças na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.

É lá onde estagia o estudante Marcelo Villela, 22. No sétimo semestre de psicologia, ele foi jogador de futebol em pequenos times fora do Brasil e escolheu a área por acreditar no seu papel para "formar cidadãos". "Esporte ajuda fisicamente, ajuda mentalmente", afirma.

REGULAMENTO

No setor que envolve contratos milionários e eventos internacionais, quem cuida das regras do jogo? É aí que entra em campo o advogado.

"Tem jogadores de futebol que ganham mais que valores de tratados comerciais de exportação e importação", afirma Rodrigo Iglesias, 23, estudante de direito.

Ele sabe do que fala --antes da carreira jurídica, Iglesias se formou em esporte na USP. Hoje, integra a comissão de Direito Desportivo da OAB de São Paulo e faz estágio em um escritório da capital.

Lutador de judô, o estudante se interessa pelos conflitos envolvendo o dopping.

"Uma dica é não se focar apenas no futebol. Há outros campos de atuações promissores", sugere o professor Wladimyr Camargos, presidente da Comissão de Estudos Jurídicos Desportivos do Conselho Nacional do Esporte.


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