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Restaurantes criam cursos de culinária para ganhar clientes

Aulas podem não elevar o faturamento, mas ajudam no relacionamento com o consumidor

Em estabelecimentos que vendem produtos muito específicos, objetivo é 'aculturar' possíveis compradores

ISABEL KOPSCHITZ DE SÃO PAULO

Manter a casa cheia, inclusive nos dias e horários de menor movimento, e atrair novos clientes. Com esses objetivos, restaurantes, cafeterias e outras empresas do ramo de alimentação estão oferecendo cursos gastronômicos para leigos.

O investimento não traz necessariamente retorno financeiro, mas ajuda no relacionamento com consumidores.

A doceria Dona Formiga, na zona norte de São Paulo, chega a aumentar o faturamento anual em até 25% com oficinas sobre como fazer cupcakes, brigadeiros e biscoitos, que custam R$ 100 a hora --algumas são voltadas a crianças.

"As aulas são nos dias e horários de menor movimento. Assim, consigo um faturamento que não teria normalmente. Os cursos infantis trazem as mães, que consomem enquanto esperam pelos filhos", conta a proprietária, Rosa Gonzalez.

O EAT...Empório Restaurante, na zona sul da cidade, investiu em uma reforma neste ano e agora conta com uma escola de culinária e um mercado que vende produtos da marca, como carnes, massas recheadas, purês e molhos.

Prevista para abrir no próximo mês, a EAT...Scuola abrigará módulos diários de 50 minutos, em três turnos, e receberá chefs convidados.

"A ideia é aculturar o público. Percebemos que muitos dos clientes não sabiam como usar nossos produtos", diz Juliana La Pastina, gerente de marketing do EAT.

Focado na gastronomia orgânica e funcional, o Le Manjue, do chef Renato Caleffi, promove cursos desde setembro de 2012, quando abriu um mezanino destinado a essa atividade, e está criando um formato de curso on-line para atender aos clientes que não podem comparecer às aulas. A hora/aula da casa custa, em média, R$ 175.

Para Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP, esse tipo de iniciativa é uma forma barata de fazer marketing e deixar a casa cheia.

"É uma grande sacada porque não se apresenta como uma mera relação comercial, mas um meio de cultivar o relacionamento com o cliente, o que é produtivo para o negócio", diz Messias.

O presidente da Abrasel-SP (Associação de Bares e Restaurantes de São Paulo), Percival Maricato, afirma que houve um incremento, nos últimos dez anos, do número de estabelecimentos oferecendo cursos. "A diversificação de serviços é uma tendência que está diretamente ligada ao aumento da concorrência", explica.


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