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Cidade cresce, e problemas pedem debate

Ribeirão tem setores de comércio e serviços fortes, mas não consegue resolver os nós que surgem em seu trânsito

Município tem índices melhores que SP e o país em empregos, mas precisa elevar renda e melhorar estrutura

JOÃO ALBERTO PEDRINI ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Com uma economia em pleno crescimento, impulsionada principalmente pelos setores de comércio e serviços, Ribeirão Preto, que nesta quinta-feira (19) comemora seu aniversário de 158 anos, vê a força de trabalho avançar acima da média do Estado e do país.

Apesar do desempenho, que a qualificou nas últimas décadas como capital regional e uma das mais importantes cidades do interior do país, o município --que tem vocação comercial desde o século 19, quando surgiram as fazendas de café-- vive o desafio de melhorar a renda dos seus trabalhadores.

Mas, para que isso ocorra, é necessário que o poder público solucione problemas que impedem um desenvolvimento ainda melhor da economia da cidade. Entre eles, a morosidade do trânsito, que atinge os principais corredores comerciais da cidade, justamente os locais que abrigam a força econômica local.

"Você cria um ambiente favorável quando dá boa estrutura urbana para as empresas", disse Luciano Nakabashi, professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP.

Para o presidente da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Antonio Carlos Maçonetto, entre os maiores problemas do município estão o excesso de veículos, a falta de vagas em estacionamentos, a lentidão nas vias e o grande número de acidentes.

A melhoria no trânsito é vital porque a cidade é dividida em corredores que concentram grande número de empresas, como a Francisco Junqueira, que reúne o comércio de venda, reparos e consertos de veículos e motos.

Há, ainda, as avenidas da Saudade (varejo), Nove de Julho (bancos, farmácias e restaurantes), Dom Pedro (lojas de confecções, bares e supermercados), Café e Independência (restaurantes), Maurilio Biagi (concessionárias), e Caramuru (construção).

Elas se somam aos quatro shopping centers --um quinto está previsto até 2016--, que contribuem para a cidade ser a terceira do Estado em número de franquias. Em população, é a oitava.

Com frota de veículos superior a muitas capitais, Ribeirão sofre diariamente com pontos de lentidão, sempre nas mesmas avenidas.

No centro, as ruas, muitas delas estreitas, do período cafeeiro, têm problemas de tráfego na maior parte do dia --dificuldade que se alastrou para regiões como Campos Elíseos, Ipiranga e Ribeirânia.

Para reverter a falta de planejamento que levou a essa situação, o poder público aposta em obras estruturais financiadas pelo governo federal para garantir o fluxo de veículos, como viadutos, pontes e ciclovias.

No entanto especialistas em trânsito afirmam que é preciso programar mudanças estruturais, como a retirada de linhas de ônibus e a redução de vagas de estacionamento do centro.

Onde a fluidez do trânsito era considerada normal, agora já começa a existir problemas de congestionamentos, trânsito lento e acidentes.

ABAIXO DO IDEAL

Para fiscalizar os 2.000 km de malha viária urbana de Ribeirão existem 42 agentes, divididos em três turnos, 420 menos que o recomendado pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

Para Márcio Santiago, presidente do Ribeirão Preto Convention in Visitors Bureau, que atua no fomento ao turismo, a cidade tem boa estrutura para receber eventos de todo porte, principalmente de negócios, mas muitas coisas poderiam melhorar. Uma delas é o trânsito.

"Isso [problemas de estrutura urbana] pesa muito [negativamente]. É preciso melhorar os serviços públicos. Não podemos andar numa cidade com buracos nas ruas".


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