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Elevar salário é o principal desafio para o comércio

Valor sobe 24% em 10 anos no país; em Ribeirão Preto, alta chega a 10%

Para economista da associação comercial, cidade precisa atrair empresas de ponta para melhorar os salários

DE RIBEIRÃO PRETO

Motor da economia de Ribeirão Preto, os setores de comércio e serviços são o que, de longe, mais empregam.

Nos últimos oito anos --quando órgãos oficiais passaram a divulgar indicadores de mercado de trabalho mais precisos-- os setores responderam por 72,9% da criação de empregos em Ribeirão.

Dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que, de 2006 a abril de 2014, Ribeirão criou 83.242 vagas de emprego.

Desse total, 40.302, ou 48,4% do total, foram geradas por serviços --e 24,5% (20.395) pelo comércio.

Logo depois vem a construção civil, com 12.165 vagas, e a indústria, que gerou 5.683.

Se, de um lado, a taxa de crescimento de empregos em Ribeirão é expressiva (55,3% em oito anos) --maior que as médias do Estado (36,7%) e do país (38,2%)-- de outro, segundo especialistas, empresários e entidades, é necessário que a cidade melhore a qualidade do emprego para fazer com que o seu trabalhador ganhe mais.

Em dez anos (2002-12, dados da Rais), enquanto o salário médio no país subiu 24% (de R$ 1.527 para R$ 1.903) e do paulista, 14% (de R$ 1.870 para R$ 2.147), a média na cidade variou 10%: de R$ 1.677, já corrigido pela inflação, para R$ 1.842.

Segundo o economista da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto), Fred Guimarães, a alta da média salarial local é explicada pela baixa remuneração justamente dos setores de comércio e serviços.

"Ribeirão cria muitas vagas de empregos. O problema é que não são salários tão altos. Precisamos de mais indústrias e empresas de ponta [de alto valor agregado]. O poder público deveria atuar mais nesse sentido."

CONCENTRAÇÃO

Segundo ele, Ribeirão se consolidou como importante polo de comércio e serviços porque se aproveita da riqueza da região. "Os que moram em municípios próximos gastam aqui, onde há uma enorme ofertas de produtos, mercadorias e serviços."

Ele cita como exemplo as opções oferecidas por quatro shoppings --mais um será construído até 2016.

Para Guimarães, é preciso investir em qualificação profissional. A opinião é compartilhada pelo professor da FEA-RP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto), da USP, Luciano Nakabashi.

"O fator que gera aumento de renda é qualificar pessoas. Assim, elas serão mais produtivas, gerando mais lucro para a empresa, que pode reajustar os salários."

Ele afirmou que não existe a necessidade de a cidade se tornar um polo industrial.

"O mais importante é oferecer condições para os empresários de todos os setores trabalharem", citando, como exemplo, boas condições de transporte e mais segurança.

Os dois setores são os que mais preocupam os empresários ribeirão-pretanos.

Na visão do professor, um trânsito rápido e uma cidade cada vez mais segura são condições essenciais para estimular a economia. (JAP)


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