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Competição faz setor de beleza apostar em serviços específicos

Empresas oferecem de consultas de numerologia e astrologia a reparo rápido de unha lascada

Com margens de lucro menores e clientes mais exigentes, companhias saem em busca de nichos não explorados

ISABEL KOPSCHITZ DE SÃO PAULO

A competitividade do setor e a busca das consumidoras por inovações está fazendo com que pequenas empresárias no ramo de beleza invistam em soluções inusitadas.

É o que fez Lilian Nakata, 32, com o Spa Manacá, na região central de São Paulo. O espaço oferece os serviços de numerologia e astrologia, terapia com cristais (gemoterapia), tatuagem, ioga e "nail bar", com petiscos e bebidas.

O salão foi inaugurado há dois anos, a um custo de R$ 1,2 milhão. A expectativa é ter o retorno do investimento em três anos.

"Meu foco são as mulheres que trabalham na avenida Paulista e não têm tempo para nada. Elas entram procurando beleza e encontram outros serviços", diz.

Segundo Elderci Garcia, consultora do Sebrae-SP para esse ramo, o alto nível de exigência das consumidoras deve ser levado em conta antes de se abrir um negócio.

"Quem sobrevive são os mais capacitados e com mais diferenciais competitivos. O atendimento é primordial -- não há segunda chance", diz.

Por essa razão, a relações públicas Mariana Dias, 40, aplicou os R$ 4.500 de rescisão trabalhista na criação do Manicura Express, há quatro meses. Ela resolve uma questão bastante específica: concentra-se em fazer uma espécie de "funilaria" das unhas para consertar rapidamente as que estão lascadas.

Dias vai até empresas de São Paulo e faz, no local, reparos específicos ou esmaltação, em 15 minutos. Cada sessão custa de R$ 15 a R$ 20 e ela atende a cerca de 20 clientes por dia.

"Executivas e funcionárias de banco me procuram muito. Sempre surgem reuniões de última hora, por exemplo, e eu só preciso de um espacinho como o canto do café para trabalhar", diz.

Hoje, 26% dos MEIs (microempreendedores individuais), aqueles que faturam até R$ 60 mil por ano, do setor de serviços no país estão no segmento de beleza.

Um indicativo de que o mercado é promissor, diz a consultora do Sebrae, é que cresceu mais de 10% ao ano nos últimos 18 anos. Entretanto, o superintendente da Beauty Fair Cesar Tsukuda adverte que, embora tenha tido um boom recente de novos negócios, esse mercado está mais seletivo.

"É preciso planejar. Não existe mais espaço para improviso. As margens de lucro estão menores, devido a fatores como aumento do custo Brasil' e ao fato de que o consumidor é bem informado e dita regras", explica.

Apostando num nicho que era mal explorado no Brasil, a empresária catarinense Lu Rodrigues, 36, criou sua própria marca de serviços para sobrancelhas, a Lu Make Up.

Hoje, tem duas lojas próprias, em Curitiba e São Paulo, e cerca de 180 profissionais licenciados pelo país.

"Quando comecei, ninguém acreditava nesse segmento. Eu fazia as sobrancelhas de manicures para ser um chamariz e conseguir clientes. Hoje, mulheres me procuram espontaneamente", conta.

Cada sessão de design de micropigmentação (espécie de tatuagem para sobrancelhas) custa R$ 500.


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