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Venda de ingressos 'independentes' se alastra

Sites se concentram em eventos alternativos para não brigar com gigantes do setor

DE SÃO PAULO

O mercado independente de eventos e festas no país está atraindo jovens empresários que investem em sites de venda de entradas --eles se concentram nesses clientes menores para não brigar com empresas como Ingresso.com e Ingresso Rápido.

Os negócios têm dois públicos-alvo. De um lado, os produtores culturais e organizadores, que utilizam a ferramenta para divulgar e comercializar seus eventos. De outro, os clientes que compram as entradas e conseguem saber, por redes sociais, se os amigos vão também.

O modelo de negócios é cobrar dos donos dos eventos uma taxa que varia entre 8% e 10% do valor do ingresso, somente para eventos pagos.

A Ingresse acaba de receber R$ 10 milhões em recursos dos fundos de investimentos DGF Capital, Qualcom Ventures e E. Bricks, do Grupo RBS. Com dois anos de mercado, a companhia vendeu cerca de 200 mil entradas, movimentando R$ 15,7 milhões, e conta com uma rede de 800 produtores no país.

O sócio-fundador Gabriel Benarrós, 25, diz que o principal diferencial é que sua plataforma utiliza tecnologia e mídias sociais. Ele afirma que o sistema pode ser integrado ao site oficial ou à página do evento no Facebook.

Com um modelo de negócio semelhante, a pernambucana Eventick também atua no Sudeste. Os sócios passaram, em 2013, três meses no Vale do Silício, em um programa da aceleradora de negócios americana Plug and Play e participam do Start-Up Brasil, iniciativa do governo que investe até R$ 200 mil em empresas iniciantes.

Em dois anos, a empresa vendeu 212 mil entradas, movimentando R$ 8,5 milhões.

Há seis anos no mercado, a Eventioz foi adquirida pela americana Eventbrite em 2013. A companhia, criada na Argentina, atua em seis países da América Latina e vendeu 2 milhões de ingressos.

O coordenador de empreendedorismo da ESPM-Rio, Rodrigo Carvalho, diz que os pequenos negócios na área devem procurar o mercado não convencional, que inclui festas, eventos corporativos, feiras e "encontros de galeras", nichos nos quais gigantes do setor não atuam.

"Essas plataformas só sobrevivem porque incorporaram ferramentas como a integração com as redes sociais, além de migrar para celular e tablet. É um mercado difícil", afirma o professor.

Carvalho alerta que as plataformas devem ser simples e oferecer segurança virtual.


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