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Família recupera mercado 5 anos após reaver negócio

Vendida a multi, fábrica de pão de queijo perdeu clientes e fechou as portas

LIILIANE PELEGRINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BELO HORIZONTE

O aroma e o sabor de pão de queijo fazem parte da história dos Mendonças. Fundadora da Forno de Minas, pioneira na comercialização do quitute congelado, a família ficou uma década exata afastada do negócio que fundou.

Agora, cinco anos depois de ter retomado o controle da empresa, dona Dalva Mendonça e os filhos, Helder e Hélida, estão perto de alcançar a produção que tinham quando venderam a marca a uma multinacional em 1999.

Segundo Helder Mendonça, diretor-presidente da Forno de Minas, eles deixaram o negócio com quase 70% de share do mercado. Naquela época, produziam 1.600 toneladas por mês.

Em abril, uma pesquisa do instituto Nielson indicou que a empresa tem hoje 47,5% de share --1,8% devido à marca São Geraldo, que também é propriedade deles.

Atualmente são duas unidades fabris, quase 800 funcionários, 11 filiais comerciais pelo Brasil e 16 mil toneladas de pão de queijo ao ano.

Com faturamento de R$ 180 milhões ano passado, a expectativa é chegar ainda em 2014 aos R$ 240 milhões.

No tempo em que ficaram fora do negócio, os Mendonça não largaram o hábito do pão de queijo. Na fazenda em Sete Lagoas, nos arredores de Belo Horizonte, dona Dalva fazia pequenas fornadas na sua fabriqueta particular.

Enquanto isso, a Forno de Minas perdia espaço para a concorrência, e o produto já não tinha o mesmo sabor que tornou a marca famosa.

"Diziam que tínhamos vendido o negócio, mas que não tínhamos dado o pulo do gato'. Ora, passamos tudo: receita, ingredientes, tudo", diz dona Dalva. Talvez faltasse aos gringos a mão mineira.

"Quando a multinacional interrompeu as operações, foi um fechamento traumático. Os funcionários ficaram sabendo ao chegaram para trabalhar. A produção parou três meses", diz Helder.

Ao reassumir a empresa, a família se viu na mesma situação desafiante de quando começou em 1990.

Mas agora tinham dois novos problemas. Precisavam recuperar a imagem perdida e administrar uma grande estrutura deixada pela multinacional. Para dar conta da tarefa, a estratégia foi se voltar não apenas para as grandes lojas, mas também para quem faz o nome do produto girar: as donas de casa, donos de lanchonete, hotéis, cafés. "Os dois primeiros anos foram muito difíceis", destaca.

Na batalha para reconquistar a clientela, eles diversificaram o cardápio de produtos. A Forno de Minas oferece também empadas, empanadas, tortinhas, waffles.

Agora eles se preparam para lançar em breve broinhas de milho, outra tradição mineira, e uma linha de messas frescas. Tudo criado e supervisionado por dona Dalva.

Os clientes começam a voltar, e aquela liderança de antes já vai se consolidando --segundo pesquisa do Instituto Acnielsen, realizada em 2012, a Forno de Minas já era a marca de pão de queijo congelado mais vendida do país.

O quitute com a marca mineira também expandiu fronteiras nesses últimos anos e agora chega a seis países.


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