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Divisas em evolução
Nas fronteiras dos três principais Estados da região, cidades se reinventam para atrair investimentos, qualificar a mão de obra e afastar os efeitos da economia em desaceleração
Na virada deste século, fábricas de veículos começaram a mudar a paisagem e a economia do sul fluminense, na divisa com São Paulo. Quatro montadoras atraíram uma quinta, com investimentos que devem atingir R$ 5,7 bilhões entre 2004 e 2016. Na esteira vieram para Resende, Itatiaia e Porto Real mais de 50 indústrias de peças e componentes. O número de empregos disparou, beneficiando cidades vizinhas e impulsionando setores como serviços e construção.
Em outra divisa, entre o Rio e Minas Gerais, duas cidades percorreram ciclos de decadência e recuperação. Do lado fluminense, Três Rios, um dos cinco municípios do Estado que não recebem receitas de petróleo, usou uma política agressiva de incentivos para trazer empresas e avançar nos indicadores econômicos. O movimento afetou, em Minas, a vizinha Juiz de Fora, que reagiu redirecionando seu foco para os setores de ensino superior e tecnologia.
