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Polo de tecnologia cresce em Marília e atrai universitários

Empresas pedem reconhecimento oficial de parque tecnológico

RAMON BARBOSA FRANCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MARÍLIA

Antes conhecida por suas indústrias de alimentos e de metalurgia, Marília, a 440 km de São Paulo, foi transformada pelo polo de tecnologia da informação (TI), que começou a ganhar força há cinco anos na cidade.

Atualmente, mais de cem empresas do setor atuam na região. Em geral pequenas e médias, elas empregam ao todo 1.500 profissionais.

Entre eles, estão programadores, desenvolvedores de web e de dispositivos móveis, além de analistas de rede, de infraestrutura e de sistemas.

Muitas das empresas prestam serviços para multinacionais como a italiana Michelin e a alemã Wurth.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Marília, juntos os empreendimentos faturam R$ 10 milhões ao mês.

Segundo Elvis Fusco, presidente da associação que congrega as empresas, o polo se caracteriza pelo desenvolvimento de softwares e de infraestrutura de TI.

"O fortalecimento da tecnologia da informação em Marília vem ocorrendo de forma semelhante ao que já ocorreu em Blumenau e nas cidades paulistas de São Carlos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto", ressalta.

Mas, para o economista José Mario Rando, essas semelhanças não ficam restritas ao Brasil. "Marília segue mais o exemplo da Índia, que desenvolve soluções em software", pontua.

Um crescimento de 8% ao ano das empresas da cidade é justificado pela mão de obra especializada e disponível, outra característica que a aproxima à Índia, de acordo com Rando.

"Em TI, tudo gira em torno do profissional, e na região é muito fácil encontrar um profissional de TI", acrescenta.

Segundo o economista, boa parte do volume salarial pago em Marília fica na região. Para ele, um termômetro disso é o setor imobiliário aquecido, com valor do metro quadrado mais alto do que em cidades com mais habitantes, como Londrina (PR).

Os salários no polo vão de R$ 2.000 a R$ 8.000, e a maior parte dos empregados é composta por jovens da cidade.

Agora, a associação que representa as empresas se articula para requerer ao governo do Estado reconhecimento como parque tecnológico.

Caso o pedido seja deferido, Marília será o 29º parque do gênero no Estado de São Paulo, passando a receber incentivos fiscais e investimentos do governor.


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