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Além do rótulo

Mais do que uma definição de linha pedagógica, é preciso haver coerência entre discurso e prática

DANIELA MERCIER DE SÃO PAULO

Aulas expositivas, conteúdos memorizados, provas que cobram que o aluno repita o que o professor ensinou. Nada diferente da escola que você frequentou, certo? Os tempos, porém, estão mudando.

Esse modelo de ensino, conhecido por grande parte dos pais, ainda faz parte da rotina de estudantes, mas tem dividido espaço com uma diversidade de nomes, teorias e linhas que ainda confundem quem busca a escola ideal.

"O modelo tradicional vai continuar existindo, mas existe um movimento de se repensar a escola, e isso dá possibilidade para aparecerem outras abordagens", afirma Cristina Barelli, coordenadora de pedagogia da Faculdade Singularidades.

É o que indicam as respostas dos colégios privados ouvidos pelo Datafolha. Entre as 420 participantes da pesquisa, a maior parcela (29%) se definiu como "tradicional", seguida pelas escolas "construtivistas" (24%).

Em percentual menor, foram citadas as abordagens "sociointeracionista", "socioconstrutivista" e "humanista", entre outras.

Para Sara Mourão, professora da Faculdade de Educação da UFMG, há uma tendência de abordagens não tradicionais se firmarem como uma opção "interessante e contemporânea".

"Eu nem posso afirmar se essa escola que se diz tradicional é tradicional mesmo. Porque, se ela acredita que o papel dela é transmitir informação, isso já está ultrapassado", comenta.

Tanto ela quanto outros educadores reconhecem, contudo, que uma "categorização" da proposta da escola não responde o que os pais precisam saber. "Pode ser simplesmente um marketing da escola", afirma Barelli.

Doutora em educação pela PUC-SP, Emilia Cipriano afirma que muitas vezes nem as escolas compreendem o conceito. "Nunca se teve um discurso tão avançado, com práticas tão empobrecidas."


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