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Eleições 2014

Entidades LGBT criticam declaração de Fidelix

Grupos dizem que presidenciáveis deveriam ter contestado na TV ataques a homossexuais

Nesta segunda-feira, Dilma, Marina e Aécio repudiaram fala de Fidelix; Luciana Genro fez crítica em rede social

LÍGIA MESQUITA DE SÃO PAULO

Entidades de direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), que entrarão com representações contra Levy Fidelix, condenaram o silêncio dos demais presidenciáveis no debate da TV Record, no domingo (28), após os ataques a homossexuais feitos pelo candidato do PRTB.

A ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, o Grupo Gay da Bahia e a ONG Dignidade disseram à Folha que a presidente Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo (PSC) deveriam ter repudiado ao vivo, em rede nacional, a "incitação ao ódio" proferida por Fidelix.

"O ruim foi o silêncio dos outros. Ele não precisariam nem responder a ele [Fidelix], mas falar à sociedade que a homofobia existe e quais as propostas que eles têm para combater isso", diz Carlos Magno, presidente da ABGLT.

Para Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia, "a não condenação desse discurso [contra homossexuais] por parte dos demais candidatos demonstra que eles perderam uma excelente oportunidade de confirmar sua solidariedade a mais de 20 milhões de cidadãos brasileiros homoafetivos".

O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) também criticou o comportamento dos candidatos no debate: "Todos deveriam ter parado o debate naquele momento. A violência contra os homossexuais é tão socialmente aceita que todos silenciaram".

Para ele, "se o discurso de Fidelix tivesse sido contra outras minorias como pessoas com deficiência ou contra a comunidade judaica", os demais candidatos teriam se posicionado na hora.

Wyllys também entrará com representações contra o candidato do PRTB por danos morais coletivos. "Queremos que as declarações de Fidelix sejam equiparadas a crime de ódio e investigadas como tal", diz Rodrigo Machado, advogado do deputado.

Para Toni Reis, da ONG Dignidade, "Fidelix pegou o aerotrem da ignorância e deixou o pastor Malafaia e [o deputado Marco] Feliciano comendo poeira".

Após o debate, apenas Luciana Genro repudiou a fala de Fidelix, usando o Twitter.

Na segunda (29), Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB)criticaram as declarações do adversário. "Não podemos conviver com processos de discriminação que levem à violência", afirmou a petista. "Todo tipo de discriminação é crime", disse o tucano. Segundo Marina, as falas de Fidelix são "inaceitáveis".

Procurado pela Folha, Fidelix não respondeu aos pedidos de entrevista.


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